Novo suspeito

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Era difícil aceitar que o meu pai poderia ter causado tudo aquilo. Sim era difícil aceitar, mas não impossível de acreditar.  Deixei T-Byte no quarto fui procura-lo.

Não tive que me esforçar muito pois não demorou para que ele chegasse em casa.

_ Qual é a sua relação com  a doutora Gabriella Dunan? _ O confrontei.

_ Não entendi sua pergunta.  _ disse me encarando.

_ Ah... Você entendeu sim! Como pôde? Eu estava começando a confiar em você.

_ Eu não tenho nada haver com o que aconteceu com você!

_ Acha que o fato da psicanalista da Amanda estar envolvida com você é uma coincidência?

_ Acha que eu sou o pscopata que matou as modelos? Acha que sou capaz de algo assim?

_ Me diz você?  É capaz?

_ Eu posso provar que não tenho nada haver com isso _ disse pegando o celular. _ Conheço alguém que pode provar onde eu estava em cada morte.

Ele discou e um telefone vindo do meu quarto começou a tocar.

T-Byte apareceu na sala ainda meio sem jeito.

_ Você? _ perguntou meu pai olhando para nós dois.

_ Ela está me ajudando a desvendar tudo isso! _ respondi no lugar dela.

T-Byte apenas sorriu com aquele jeito diferente dela de encarar qualquer coisa. Parecia que nada conseguia abala-la. Quisera eu ter esse poder.

_ Não me meto em brigas de família, mas se quiserem posso fazer um sanduíche!  _ disse indo rumo a cozinha. 

Meu pai a fuzilou com o olhar, mas para ela não fazia nenhuma diferença. Ela começou a abrir os armários e a geladeira como se estivesse em sua própria casa.

_ Queria falar diretamente com a doutora Dunan _ disse para ele ansioso por mais explicações.

_ Ela não pode vir a qualquer hora! É uma mulher ocupada _  respondeu ainda tenso com nossa conversa.

_ Acho que ela poderia abrir uma exceção hoje _ insisti.

Meu pai pegou o celular e ligou para ela. Explicou a situação e pediu que ela viesse a nossa a casa. A ligação não durou mais que dois minutos.

_ Ela virá!  _ respondeu após desligar.

_ Obrigada!

Ficamos nos observando, acredito que ambos magoados pela situação.

Eu enxergava nele um reflexo que talvez nunca aceitasse. E ele provavelmente via em mim recordações e erros. Ambos ligados por sangue e por uma estranha sensação de pesar.

Eu realmente queria confiar nas palavras dele!  Mas como poderia? Se a cada controvérsia ou suspeita toda confiança conquistada ia embora tão fácil quanto um barquinho de papel na correnteza. 

T-Byte apareceu com 3 sanduíches em uma bandeja e serviu cada um de nós e se jogou no sofá.

_ Ela virá mesmo? _ disse dando uma mordida no sanduíche. _ Se bem que ela poderia trazer uma coca-cola.

Meu pai e eu nos entreolhamos e foi impossível não sorrir com a leveza trazida por minha estranha nova amiga.

Não demorou muito e ouvimos batidas na porta.

Meu pai a abriu e a mulher elegante e loira entrou olhando diretamente para mim.

_ Não posso deixar meus pacientes no meio do dia, isso abala minha credibilidade _ disse com voz serena, porém os olhos demonstravam tudo, menos serenidade.

_ Me desculpe, não gosto de atrapalhar seu trabalho, mas como expliquei na ligação era necessário!_ disse meu pai a levando até mim. _ Meu filho suspeita que temos alguma ligação com a morte das modelos.

_ James, acho que posso chama-lo pelo primeiro nome sem formalidades, concorda?

_ Sem formalidades doutora, eu apenas gostaria de entender como tudo que a Amanda contou exclusivamente a senhora, acabou como o método de um assassino em série  _ respondi sem mais delongas.

_ Acha que seu pai e eu copiamos as palavras dela para criar toda essa situação sanguinária? _ perguntou sentando-se ao meu lado.

_ Eu sei apenas que seus pacientes deveriam ter pelo menos um mínimo de segurança e privacidade.

_ Tem razão e lhe garanto que é exatamente o que dou a eles, mas nem tudo é preto no branco,  os tons de cinza permeiam a vida meu rapaz _ falou como se eu tivesse acabado de iniciar uma sessão com ela no consultório. _ Seu pai e eu somos amigos de longa data, mas nunca misturei meu trabalho com nossa relação, isso posso lhe garantir.

_ Então como explica essa coincidência? _ perguntei sendo ironico.

_ Existem tantas coincidências no mundo, que ficaria surpreso. _ disse sem se abalar com as minhas suspeitas. _ Trato veteranos de guerra, oficiais do FBI e pessoas famosas, e todas igualmente me mostram um lado que todos nunca imaginam existir.

_ Está querendo insinuar algo sobre a Amanda?

_ Não e nem posso fazer tal coisa, mas acredito que devesse pesquisar outras pessoas ao invés de a seu pai e eu _ disse se levantando. _ Poderia se surpreender.

Ela saiu e me deixou pensativo sobre suas últimas palavras. Meu pai saiu junto com ela e T-Byte voltou para o meu quarto, mas eu continuei em pé no mesmo lugar tentando digerir as palavras dela.

*
Olá meus queridos leitores, peço mil desculpas por minha ausência!

*Olá meus queridos leitores, peço mil desculpas por minha ausência!

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Voltou retomar o livro , escrevendo um capitulo por semana.
Não me esqueci da historia e nem de vocês! 

Mas meu livro novo A Herdeira já está bem próximo de ser lançado, então estou acertando vários detalhes como revisão,  e lançamento e isso acaba tomando muito tempo, mas o Colecionador também será lançado esse ano em formato físico!  Então não se ...

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Mas meu livro novo A Herdeira já está bem próximo de ser lançado, então estou acertando vários detalhes como revisão,  e lançamento e isso acaba tomando muito tempo, mas o Colecionador também será lançado esse ano em formato físico!  Então não se preocupem, pois devo concluir o livro em no máximo um mês e meio e já apresento a capa final a vocês em primeira mão!
Muito obrigada por não desistirem do James e da Amanda!
😻💁

O Colecionador de BorboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora