CAPÍTULO 30

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— Nunca mais eu vi aquela pessoa no R.U. — disse Lili ao sentarem para almoçar.

— Ainda bem. Espero continuar sem ver — respondeu Caio. — Aliás, dificilmente eu vejo ele em algum lugar agora.

— Ouvi dizer que ele está namorando aquela menina do curso dele.

— A Kelly. É, eu sei. Eu vi eles dois em frente à casa dele há alguns dias... Pois que se casem e sejam muito infelizes.

— Nossa, quanto veneno.

— Você não viu foi nada, acho que vou mudar de casa, vou ser da Sonserina agora.

— Pois venha, é a melhor casa.

— Que nada, melhor casa é a Corvinal, nem se compara.

E riram.

— Caio, você vem para a Calourada da Bio hoje à noite, não é?

— Claro, precisamos de dinheiro para nos formar. Mas vou vir para trabalhar, vou ficar na barraca de bebidas. Não estou com saco para festa.

— Eu também vou trabalhar, mas não a noite toda. A gente pode aproveitar para paquerar uns boy, quem sabe você esquece um pouco essa bad.

— Acho difícil. Mas quem sabe.

***

No fim da tarde, Caio teve que correr para pegar o ônibus, ir em casa se arrumar e voltar cedo, antes de começar a festa. Quando chegou Lili já estava lá.

— Tenho certeza que você não foi em casa — disse Caio ao se aproximar da amiga.

— Não, eu me arrumei na casa da Bia, que é aqui pertinho. Inclusive vou dormir lá hoje. — Então foram para as barracas. — Ei, Caio, você sabe do Gui? Não vi ele o dia todo e não chegou até agora.

— Ele não vem.

— Não acredito! Eu vou arrancar até o último fio de cabelo ruivo daquela cabeça dele.

— Coitado, ele está doente. Me mandou até uma mensagem mais cedo. Ele avisou no grupo também.

— Ah, eu não vi. Então está perdoado. Os cabelos dele estão salvos. — Olhou para Caio. — Se bem que eu acho que só estando doente mesmo para ele não vir numa festa onde você vai estar livre, leve e solto.

— Como assim?

— Não se faz de besta, Caio, você sabe muito bem do que eu estou falando.

— O Gui é meu amigo.

— E daí?

— E daí que se envolver com amigo não dá certo. Não lembra o que aconteceu comigo da última vez?

— Mas é diferente...

— Eu não quero perder mais um amigo. Deixa como está.

— Ok. Não falo mais nada. Mas você sempre pode mudar de ideia...

Já estava tudo pronto quando as pessoas começaram a chegar. Em pouco tempo o Bosque estava lotado. Caio e Lili estavam na barraca de bebidas e até que Caio estava achando bem animado. Depois de um tempo Lili chegou perto dele e sussurrou.

No teu abraçoOnde histórias criam vida. Descubra agora