CAPÍTULO 44

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O som do celular tocando acordou Caio. Ele abriu os olhos com dificuldade e procurou o aparelho pela cama e depois na mesinha, onde o encontrou. Era Vinny. Atendeu.

— Oi — falou com uma voz arrastada de sono.

— Bom dia, dorminhoco. Só aproveitando as férias?

— As quase férias. Não me livrei de tudo ainda, só do estágio e três disciplinas. Ainda faltam duas.

— Mas hoje à tarde você ainda tem aula?

— Graças a Deus, não.

— Que bom. Eu queria te levar num lugar.

— Um lugar? Onde.

— Um lugar especial. Queria que você fosse comigo na casa da May. Nós já estamos juntos há três meses, e você ainda não a conheceu.

— Verdade! Eu quero conhecer ela.

— E ela também quer te conhecer e fica me cobrando isso o tempo todo. Então, a May convidou a gente para ir na casa dela agora a tarde. Ela não está trabalhando, começou a licença maternidade essa semana. E é bom que eu a vejo também antes do bebê nascer, eu tenho sido um padrinho muito ausente.

— Está bem. Vamos. Que horas?

— A gente pode ir cedo que assim não voltamos tarde e fica mais tranquilo para se arrumar para o Arraiá da escola. Aliás, tu vai pro Arraiá?

— Vou. Adoro essas festas juninas.

— Então eu passo pra te pegar daqui uma hora?

— Já?

— Você já viu que horas são?

— Não.

— Foi o que eu imaginei. Daqui uma hora e meia, então. Beijo. Tchau.

— Tchau. — Então Vinny desligou.

Caio largou o celular na cama e se levantou. Após tomar um banho e comer, se sentiu finalmente acordado. Então Vinny chegou e eles saíram. Logo chegaram no prédio onde Mayra morava. Subiram até o andar onde o apartamento dela ficava e Vinny tocou a campainha. Pouco tempo depois ouviram o barulho da porta sendo aberta.

Quem abriu a porta foi uma mulher que aparentava ter a mesma idade de Vinícius, com os cabelos pretos na altura do ombro e olhos castanhos.

— Vinny! Finalmente! — disse ela ao abraça-lo.

— E esse garotão quando vai sair daí? — perguntou ele, pegando na barriga dela.

— Eu estou só esperando ele decidir. Mas parece que está muito bom aqui dentro. — Então ela olhou para Caio e sorriu. — Então você é o Caio? — Ele confirmou com a cabeça. — Ele é tão fofo, Vinny. — Foi até ele e o abraçou. — O Vinícius fica falando de você o tempo todo, mas te apresentar para mim que é bom, nada. Finalmente eu te conheci, Caio.

— Eu também queria muito te conhecer, May. O Vinny fala muito bem de você.

Ela olhou para Vinícius.

— Olha só, quem vê pensa até que me ama.

— Eu amo. E você sabe disso.

— Eu sei. Também te amo, cambito.

— Cambito? — perguntou Caio, com o cenho franzido.

— É como ela me chamava quando a gente era criança. E nunca parou.

No teu abraçoOnde histórias criam vida. Descubra agora