CAPÍTULO 22

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Caio acordou com os beijos delicados de Rafael no seu pescoço.

— Bom dia, gatinho. Acorda. — A voz era suave no seu ouvido.

— A gente tem mesmo que acordar? Vamos continuar dormindo, está tão bom aqui agarradinhos.

— Eu sei, mas a gente consegue aproveitar muito mais acordados.

Caio virou, olhou para Rafael e sorriu.

— De novo?

Rafael também sorriu.

— Não é disso que eu estou falando, safado. Apesar de que eu também quero isso, mas acho que os nossos corpos precisam de um descanso.

— Com certeza. — Então beijou Rafael e deitou a cabeça em seu peito. — Vamos dormir só mais um pouquinho.

Então Rafael o abraçou e pousou em beijo na sua cabeça.

— Eu quero ficar para sempre aqui, no teu abraço. É o melhor lugar do mundo — disse Caio de olhos fechados e aninhado nos braços do seu amor.

Rafael não disse nada, apenas o abraçou mais forte. Não precisava dizer nada, tudo já estava sendo dito naquele abraço. Depois de um tempo se levantaram, pois tinham um passeio especial a fazer. Tomaram banho, se arrumaram e foram tomar o café da manhã.

Desceram para a praia onde encontrariam Anderson, o bugueiro que Rafael havia contatado para o passeio. Era um homem muito simpático e falante, eles se sentiram à vontade desde o início com ele. Rafael gostou principalmente do fato de que ele não pareceu se importar por eles serem um casal gay. Era bom sentir que haviam pessoas que viam isso com naturalidade.

Eles escolheram fazer um passeio reservado, só para os dois. Sairia um pouco mais caro, mas valia a pena, pois assim teriam mais privacidade.

O passeio começou com uma trilha até a Lagoa das Almécegas. Pelo caminho pararam em alguns pontos, como O Cristo, onde se podia deixar uma pedra nos pés da estátua e fazer um pedido; nas falésias, que tinham esculpidas "I love Lagoinha"; e a Lagoa do Jegue. Nesses lugares tiraram fotos e apreciaram a paisagem, enquanto Anderson explicava um pouco da história e lendas dos locais. Como não podia deixar de ser, num passeio com um biólogo e um geógrafo, não faltavam comentários sobre o tipo de vegetação e de formações geográficas por onde passavam. Anderson deve ter achado isso muito engraçado, pois não parava de rir dos comentários.

Na Lagoa das Almécegas ficaram por mais tempo. Tomaram banho na queda d'água, almoçaram, descansaram nas redes. Lá haviam mais pessoas, mas ainda assim estava agradável. Depois de cerca de uma hora e meia, retomaram o passeio. Voltaram pela praia e o percurso foi bem mais rápido. Ao fim do passeio se despediram de Anderson e voltaram para a pousada. Estavam exaustos, mas felizes. Tomaram um banho, deitaram na cama e dormiram.

Quando acordaram já era noite. Resolveram sair e conhecer a tão famosa praça da cidade. Realmente era um lugar agradável e bastante movimentado. Parecia que todos os habitantes e hóspedes de Lagoinha decidiram aparecer por lá. Havia uma igreja bem no centro da praça, mas parecia não estar havendo missa naquela noite, ou já havia acabado, porque estava fechada.

Sentaram em um banco mais afastado e após um tempo ouviram alguém falar:

— Rafael, Caio! Vocês vieram.

Era Izabel. Ela estava de mãos dadas com um rapaz.

— Izabel! — disse Rafael. — Onde estão os outros?

— A gente meio que se perdeu — disse enquanto sentava ao lado deles. — Estão por aí. Ah, deixa eu apresentar. Esse é o Felipe — disse apontando para o rapaz de olhos verdes ao lado dela. — E esses são o Rafael e o Caio, que estão hospedados na mesma pousada que eu.

No teu abraçoOnde histórias criam vida. Descubra agora