— Finalmente, última prova do semestre! — disse Caio ao sair da sala e encontrar Lili e Guilherme.
— Nem me fala, Caio. Eu quero dormir três dias seguidos agora.
Foram andando em direção ao ponto de ônibus.
— Acho que não vai dar para você dormir três dias seguidos, Lili, senão você perde a nossa comemoração do início das férias, nossas últimas férias, já que próximo semestre a gente se forma — disse levantando os braços.
— É verdade — disse ela. — Eu nem estava mais me lembrando disso.
— Pois trate de não esquecer, Lili. Vocês não podem faltar.
— Estaremos todos lá, lindíssimos. Eu com o Will, você com o Eric...
— Finalmente vamos ser apresentados oficialmente a esse moço — falou Caio.
— ... e a Dona Flor aqui — disse Lili apontando para Caio — com o Vinny e o Rafael.
Guilherme riu do comentário.
— Hahaha, muito engraçada — disse Caio. — Mas você sabe que essa sua comparação não tem sentido, né? Por que eu e o Rafael não temos mais nada.
— E por falar nele... — disse Guilherme, enquanto Rafael se aproximava.
— O que foi? Do que vocês estão falando? — perguntou Rafael.
— A gente estava comentando sobre literatura brasileira — disse Lili. — Já leu "Dona Flor e seus dois maridos"?
— Ainda não, mas eu vi o filme, serve?
— Lê o livro, é muito bom. Talvez até você se identifique, sei lá.
— Com uma mulher que é casada com um farmacêutico e um fantasma?
— Não com ela. Com o fantasma.
— Quê? — disse Rafael, confuso com a conversa.
— Ela só está frescando com a sua cara — interveio Caio, puxando Rafael pelo braço. — Vamos. Tchau Gui, tchau Lili.
— Tchau, Caio, Tchau, Vadinho. — disse Lili, enquanto eles se afastavam. — E o livro é bom mesmo.
— Eu sei, já li — falou Caio já distante da amiga.
Se afastaram e foram em direção a moto que estava estacionada.
— A Lili me deixa meio confuso as vezes — falou Rafael. — Eu não consigo acompanhar tudo que ela fala.
— Normal. Ela adora fazer isso. Ainda mais com você. — Caio riu. — É até engraçado.
— Mas do que vocês estavam falando mesmo, então?
— Nada de mais, só da nossa comemoração de sexta. Aliás, isso me lembra que eu quero comprar uma roupa. Vamos no shopping comigo, Rafa. Você sempre foi meu conselheiro oficial de compras porque você sempre teve mais bom gosto para roupas do que eu, lembra?
— Lembro. Se te deixasse comprar roupas sozinho, era desastre na certa. Aliás, como você se virou no tempo em que eu estive longe?
VOCÊ ESTÁ LENDO
No teu abraço
RomanceCaio e Rafael. Impossível falar de um sem falar do outro. Vizinhos, melhores amigos. Juntos cresceram, brincaram, aprontaram, estudaram e agora entraram na Universidade. E juntos descobriram que o sentimento que tinham um pelo outro era algo mais pr...