CAPÍTULO 16

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Caio abriu os olhos e viu que Rafael estava olhando para ele.

— O que você está olhando?

— Nada.

— Acho que eu cochilei um pouco. — disse sentando na cama.

— Se você acha três horas "um pouco", então foi.

— Nossa! Tudo isso? Aquela feijoada estava ótima, mas me derrubou, viu.

Rafael voltou a mexer no computador. Caio levantou, foi até onde ele estava e se curvou um pouco.

— O que você está fazendo?

— Eu estava vendo os filmes que estão em cartaz. — virou para Caio. — Pensei que talvez a gente pudesse assistir algum hoje. O que acha?

Caio olhou diretamente em seus olhos e sorriu. Aproximou-se, de forma provocativa. Seus lábios estavam bem próximos. Perigosamente próximos.

— Está me chamando para um encontro?

— Talvez. Você aceita?

Então Caio olhou para a tela do computador e apontou.

— Esse filme aqui eu estou com muita vontade de ver. Pode ser ele.

Rafael respirou fundo tentando acalmar seu coração que estava acelerado.

À noite foram para o cinema e assistiram ao filme que Caio havia dito. Tinham comprado cadeiras no meio, mas como a sala estava praticamente vazia, resolveram sentar mais atrás. O filme era uma ficção, muito interessante, mas a verdade é que nenhum dos dois prestou muita atenção. Ficaram cochichando, sobre o filme ou não, e rindo.

Em um determinado momento, estavam quietos assistindo e então Rafael pegou a mão de Caio e entrelaçou os dedos nos seus. O gesto pegou Caio de surpresa, mas ele gostou. Apertou mais a mão de Rafael e continuaram assistindo, os dedos movendo-se levemente em um carinho gostoso. Caio deitou a cabeça no ombro de Rafael, que por sua vez encostou o rosto em seus cabelos negros. Ficaram assim durante todo o restante do filme. Era muito bom estar ali, com a pessoa que amava segurando sua mão e se sentindo amado. Caio quis que o filme nunca acabasse. Mas acabou.

Aproveitaram para comer alguma coisa e depois andar e conversar até que ficou tarde e tiveram que voltar para casa. Rafael deixou Caio em casa, mas não entrou. Cumprimentou Amanda que estava no sofá, assistindo. Depois ficaram conversando na porta.

— Foi muito bom o encontro. — disse Caio. — Adorei aquele filme. — e riram.

Rafael segurou as mãos de Caio e olhou nos seus olhos, os dedos mais uma vez fazendo um carinho gostoso, deslizando gentilmente pela pele, o que provocava uma sensação muito boa.

— Aceita sair comigo novamente amanhã? Não pro cinema, outro lugar. É surpresa.

— Fiquei curioso. Eu vou.

Então Rafael levou a mão direita até o rosto de Caio, fazendo o mesmo carinho suave e gentil. Caio sentiu a pele ficar um pouco entorpecida com todos aqueles toques, então fechou os olhos e inclinou a cabeça.

Quando abriu os olhos novamente, Rafael estava sorrindo.

— Tão manhoso... — falou — Então... até amanhã. — disse se afastando. — Tchau.

— Espera! — disse Caio, caminhou até ele e o abraçou.

Ficaram abraçados por um instante que pareceu curto e infinito ao mesmo tempo, apenas sentindo o calor do corpo um do outro, o cheiro. Então se afastaram.

No teu abraçoOnde histórias criam vida. Descubra agora