O semestre havia passado da metade e Caio já sentia a pressão que se aproximava. Estava cansado, saindo da aula e pensando nas mil coisas que teria de fazer ao chegar em casa, quando Guilherme se aproximou.
— Caio, que bom que eu te encontrei. Tenho um convite pra te fazer.
— Um convite? O quê?
— Você quer ir numa festa de Halloween comigo? Eu ganhei esses dois convites num sorteio — disse tirando dois pequenos papeis da bolsa. — E aí?
Caio pegou os convites e olhou um instante.
— Ah, é aquela boate que a gente foi naquele dia — disse e devolveu para Guilherme. — Vamos. Parece legal. E eu estou precisando relaxar.
Seguiram em direção ao R.U. Após um instante, Caio falou.
— Já sabe de quê vai fantasiado, Gui?
— Sim. Claro que eu vou de Ariel — disse apontando para seus cabelos ruivos. — Versão gay, "O pequeno sereio". Quem sabe eu encontro um príncipe Eric pra mim lá. — Caio riu e balançou a cabeça. — E você? Quer ir de Linguado para combinar comigo?
— Não, dispenso. Acho que eu vou, sei lá, de vampiro. Eu gosto de vampiro.
— Cheio de glitter brilhando, estilo Crepúsculo?
— Não. Prefiro algo mais clássico.
— Então vai de Lestat, com suas roupas coloridas e babados de renda.
— Eu não tenho o charme do Lestat, e nem pareço com ele. Pensei em algo bem mais clássico, tipo Drácula mesmo. Vampiro raiz. Já tenho a pele bem branca e com meu cabelo preto para dar o contraste, não preciso de muita coisa.
— Só um delineador nos olhos e uma capa. TEM que ter a capa, Caio. Por favor.
— Claro, a capa tem que ter.
Pararam em frente ao R.U. e Guilherme chegou bem próximo de Caio.
— Ai, Sr. Vampiro, eu estou com medo. Sou apenas um sereio indefeso, e se você quiser me chupar?
Caio sorriu e mordeu o lábio, depois falou bem próximo ao pescoço de Guilherme, causando-lhe um arrepio pelo corpo.
— Eu quero mesmo.
— Eu estou falando do meu sangue, tá?
— Que pena...
— Que viçagem — falou uma voz familiar.
Os dois se viraram e encontraram Lili bem próxima deles.
— Oi, Lili, nem te vi chegando. Está aí há muito tempo? — perguntou Caio.
— O suficiente para ouvir esse papo vampiresco de duplo sentido.
— Ah, é que a gente vai para uma festa de Halloween sexta-feira...
E continuaram conversando enquanto entravam no R.U.
***
Na sexta-feira à noite, Caio encontrou com Guilherme em frente à boate e entraram juntos. Haviam muitas pessoas com fantasias bem diversificadas. Fantasmas, bruxas, vampiros, unicórnios, super-heróis, princesas e príncipes, e personagens aleatórios de filmes e livros. A decoração estava bem dark, com uma iluminação fraca, que dava um ar aconchegante e misterioso ao ambiente. Logo os dois estavam bem à vontade, dançando e se divertindo.
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No teu abraço
RomanceCaio e Rafael. Impossível falar de um sem falar do outro. Vizinhos, melhores amigos. Juntos cresceram, brincaram, aprontaram, estudaram e agora entraram na Universidade. E juntos descobriram que o sentimento que tinham um pelo outro era algo mais pr...