— Faz quase três semanas que a Barbie do mal terminou com o meu pai e até agora eu não consegui pensar em nada pra juntar ele e a minha mãe! — Jules passa as mãos nos cabelos, frustrada.
— Bloqueio? — Lana arqueia a sobrancelha.
— Não... é falta de tempo mesmo. Tudo vem passando tão rápido que me peguei comendo mosca. Enquanto eu tava no Brasil, ainda tinha a Nathalia pra me ajudar, mas agora... Preciso pensar em algo urgente.
— Sabe, eu não tenho as suas ideias mirabolantes, mas se precisar de ajuda com os seus pais, estarei aqui...
— Obrigada Lana. Acho que a minha missão é muito mais difícil.
— Com certeza, mas tenha em mente que isso não é entre você. São eles.
Jules concorda com a cabeça.
— Bom, preciso ir... acho que vou passar o final de semana com o meu pai — Jules se despede com beijinhos.
— Até segunda-feira. E bom final de semana — Lana também se despede.
O carro com o seu motorista particular estaciona em frente ao colegial e Jules abre a porta dando um “olá” a Donavan. Logo, faz o percurso até a sua casa apenas para pegar a sua mala de stand-by e ir para a casa do pai. Hoje é sexta-feira e ela sente que a inspiração para fazer algo em relação aos pais, será na casa dele.
E mesmo durante o percurso, ela não consegue pensar em nada. Talvez Lana tivesse razão, são os malditos bloqueios. Não pensava que fosse mais difícil unir os pais do que sabotar a vida da Victoria.
Quando o motorista a deixa em frente aos portões, ela bate na porta e assim que Guilherme abre, vê a filha sorrindo.
— Oi!
— Oi, meu amor — ele abre um sorriso e beija a sua testa. — Como tu tá?
— Bem. E tu?
— Levando... — ele se refere ao término com a Victoria.
— Pai, eu não vou fingir que tô triste por ti, porque não tô — Jules passa pela porta, mexendo nas alças da mochila.
— Tô feliz que ela tenha terminado o noivado.
Guilherme olha sério para ela.
— Tu merece coisa muito melhor — Jules tenta o animar.
— Eu sei, Jules..., mas, é ainda é complicado desvencilhar de uma pessoa depois de cinco anos — ele fecha a porta.
Ela senta-se no sofá, olhando para o teto, mas assim que abaixa a cabeça, depara-se com o celular do pai bem na sua frente, em cima da uma pequena mesa.
É como se uma lâmpada mágica acendesse sobre a sua cabeça.
E se ele marcasse um encontro com sua mãe.
Melhor, e se eles trocassem a mesma mensagem marcando um encontro. Bibi iria ao restaurante achando ser convidada por Guilherme. E Guilherme iria ao restaurante achando ser convidado por Bibi.
É claro! Eles jamais desconfiariam dela, mas precisaria voltar pra casa da mãe o quanto antes pra mandar a mensagem do celular dela para o pai.
Jules espera o pai sumir da sua vista e pega o seu celular em cima da mesa, digitando uma mensagem de texto.
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Oi Bibi, tudo bem?
Gostaria de me encontrar contigo amanhã, no Belle&Unique às 20h.
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Duplamente Inesperado 2
Teen FictionDepois de uma grande reviravolta após a Copa do Mundo, a vida de Guilherme, Bibianna e Julianne toma um rumo inesperado para uma das cidades mais românticas do Mundo. Paris. Neste país desconhecido, os desafios de sabotagem de Julianne tornam-se peq...