Capítulo 34

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— Faz quase três semanas que a Barbie do mal terminou com o meu pai e até agora eu não consegui pensar em nada pra juntar ele e a minha mãe! — Jules passa as mãos nos cabelos, frustrada.

— Bloqueio? — Lana arqueia a sobrancelha.

— Não... é falta de tempo mesmo. Tudo vem passando tão rápido que me peguei comendo mosca. Enquanto eu tava no Brasil, ainda tinha a Nathalia pra me ajudar, mas agora... Preciso pensar em algo urgente.

— Sabe, eu não tenho as suas ideias mirabolantes, mas se precisar de ajuda com os seus pais, estarei aqui...

— Obrigada Lana. Acho que a minha missão é muito mais difícil.

— Com certeza, mas tenha em mente que isso não é entre você. São eles.

Jules concorda com a cabeça.

— Bom, preciso ir... acho que vou passar o final de semana com o meu pai — Jules se despede com beijinhos.

— Até segunda-feira. E bom final de semana — Lana também se despede.

O carro com o seu motorista particular estaciona em frente ao colegial e Jules abre a porta dando um “olá” a Donavan. Logo, faz o percurso até a sua casa apenas para pegar a sua mala de stand-by e ir para a casa do pai. Hoje é sexta-feira e ela sente que a inspiração para fazer algo em relação aos pais, será na casa dele.

E mesmo durante o percurso, ela não consegue pensar em nada. Talvez Lana tivesse razão, são os malditos bloqueios. Não pensava que fosse mais difícil unir os pais do que sabotar a vida da Victoria.

Quando o motorista a deixa em frente aos portões, ela bate na porta e assim que Guilherme abre, vê a filha sorrindo.

— Oi!

— Oi, meu amor — ele abre um sorriso e beija a sua testa. — Como tu tá?

— Bem. E tu?

— Levando... — ele se refere ao término com a Victoria.

— Pai, eu não vou fingir que tô triste por ti, porque não tô — Jules passa pela porta, mexendo nas alças da mochila.

— Tô feliz que ela tenha terminado o noivado.

Guilherme olha sério para ela.

— Tu merece coisa muito melhor — Jules tenta o animar.

— Eu sei, Jules..., mas, é ainda é complicado desvencilhar de uma pessoa depois de cinco anos — ele fecha a porta.

Ela senta-se no sofá, olhando para o teto, mas assim que abaixa a cabeça, depara-se com o celular do pai bem na sua frente, em cima da uma pequena mesa.

É como se uma lâmpada mágica acendesse sobre a sua cabeça.

E se ele marcasse um encontro com sua mãe.

Melhor, e se eles trocassem a mesma mensagem marcando um encontro. Bibi iria ao restaurante achando ser convidada por Guilherme. E Guilherme iria ao restaurante achando ser convidado por Bibi.

É claro! Eles jamais desconfiariam dela, mas precisaria voltar pra casa da mãe o quanto antes pra mandar a mensagem do celular dela para o pai.

Jules espera o pai sumir da sua vista e pega o seu celular em cima da mesa, digitando uma mensagem de texto.

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Oi Bibi, tudo bem?

Gostaria de me encontrar contigo amanhã, no Belle&Unique às 20h.

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