— O que essa miserável tá fazendo aqui?! — Jules vocifera, abrindo as portas da entrada principal.— Jules, nós voltamos...
Ela olha para o pai com um semblante de desespero.
— O quê? Não pode ser verdade... — Jules coloca a mão na cabeça, negando para si mesma. — MEU DEUS, NÃO PODE SER!
— Julianne, se acalme! — Guilherme ordena.
— Mas, o que diabos ela tá fazendo aqui? — ela aponta para a Barbie do mal, que sorri, segurando a sua bolsa por cima do ombro.
Guilherme olha para filha, pouco paciente para aturar os seus surtos diante da gravidade da situação em que estão.
— Nós nos reconciliamos e ela veio, prestativamente, nos dar apoio em uma situação delicada — ele olha sério para Jules.
— E desde quando ela se importa com a minha mãe?! — Jules grita, apontando para Victoria.
Jake que acaba de chegar no hall da entrada, foi atraído pelos gritos. Se depara com os surtos de Jules e um sorriso cínico nos lábios de uma loira. Ela não sabe o que está acontecendo, pois, a discussão se passa na língua brasileira e disso ele não entende uma palavra, mas sabe que essa discussão familiar se refere a mulher que está no meio apenas assistindo de camarote, parecendo se divertir por ver esse embate pai e filha, cada vez mais aflorado.
Ele não sabe o que fazer. Ficar ali para apartar a situação ou simplesmente regressar para o carro e esperar a poeira baixar.
— Jules, apesar de tu não acreditar, ela se importa com o seu bem-estar... nós nos preocupamos. E dessa vez, eu não vou tolerar suas gracinhas! — Guilherme diz, ficando impaciente.
— Mas, eu não tô fazendo nada! — ela protesta.
— Estou avisando antes que tente...
Ela então desiste de discutir. Apesar de estar explodindo de raiva, não adianta gastar saliva com quem não merece, não adianta perder tempo discutindo sobre esse assunto épico.
O fato é, Victoria Evans regressou e ela não poderia ter aparecido no momento mais oportuno para atormentar a sua vida, de novo.
Jules passa as mãos pelos cabelos e só agora percebe Jake na porta, não sabendo se fica aqui ou dá no pé. E também reparar que a sala tem muitos policiais e os colegas jogadores do pai.
— Notícias da minha mãe? — ela tenta se acalmar.
— Nenhuma até agora — o pai responde. — Mas, o delegado veio até aqui para ouvir o teu depoimento sobre as últimas horas da tua mãe em Paris...
Um homem fardado de preto e com distintivos se aproxima dela, os dois se retiram em uma peça afastada, na sala de estar, e logo começa a fazer perguntas sobre sua mãe, o que ela fez nas últimas horas, com quem seria essa parceria e mais um interrogatório completo de toda a vida de Bibianna Gilbert.
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Duplamente Inesperado 2
Roman pour AdolescentsDepois de uma grande reviravolta após a Copa do Mundo, a vida de Guilherme, Bibianna e Julianne toma um rumo inesperado para uma das cidades mais românticas do Mundo. Paris. Neste país desconhecido, os desafios de sabotagem de Julianne tornam-se peq...