A Feia e a Fera - Parte 7

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— Desculpe-me majestade estou vendo que estou atrapalhando o momento, volto outra hora com licença.

Sem levantar o olhar para o casal, viro-me e saiu da biblioteca.

— Bella!! — ele gritou quando viu que ia sair da sala — fique ela já está de saída.

— Majestade!

— Fique!

— Certo! Desculpe — entro e passo por Mary, que vai saindo. Ela me olha com superioridade sorrindo eu sento-me na minha cadeira já abrindo a agenda real.

O rei senta em minha frente e eu sinto ele me encarando, finjo que estou lendo algo importante na agenda.

— Bella.

— Sim majestade.

— Você está incomodada com algo?

— Não senhor, a sala é sua, e eu entrei sem me anunciar. Desculpe.

— Não estava acontecendo nada demais Bella, a Mary pediu que eu sobrasse um cisco que havia caído em seu olho....

— Por favor né - soltei sem querer eu não acredito que ele caiu nessa de cisco.

— Ela chegou muito perto dando a impressão que estávamos nos beijando. — Minha vontade era dizer que não tinha nada haver, mas fiquei calada fiquei apenas ouvindo seu monólogo. — Eu conheço o tipo de Mary, parecidas com ela muitas já passaram por minha vida. Eu conheço o meu lugar, eu posso ser rei, mas nenhuma mulher irá me amar. Eu sou "O Rei Fera"...

— Eu gosto do senhor independente de sua aparência — solto sem querer ele olhar para mim surpreendido.

— Bella...

— Rei esqueça, o que falei, eu conheço meu lugar de serviçal.

— Para Bella... — ele levantou abruptamente de sua cadeira e caminha até minha frente — você não é uma simples serviçal ... você é mais...

Sua mão levantasse e vai de encontro ao meu rosto, eu dou um passo para trás eu não sei o que aconteceria se sua mão tocasse minha pele, eu desmoronaria.

— Majestade eu apenas disso para mostrar que o senhor é um homem maravilhosos e que sim merece o amor de uma mulher.

Ficamos calados eu mais parecia uma manga rosa, ele ficou me encarando surpreendido a minha sorte foi a entrada anunciada do primeiro ministro.

O resto da manhã foi regado a reunião falando sobre política. O Primeiro Ministro estava um pouco raivoso, porque o Adam com base em uma ideia que eu dei que era abri uma escola publica para os filhos dos seus súditos.

— Mas senhor, gastar dinheiro com isso é perda de tempo e investimentos...

— Eu não quero saber Henrique, eu quero isso e vai acontecer.

Sir Mendiolla olhou para mim raivoso, pois ela sabia que querendo ou não a ideia havia sido minha. Antes o rei nunca havia contestado suas ideias. E saiu da sala.

— Esse homem me cansou, nunca havia percebido que ele era tão irredutível, ele esquece que sou o rei...

Eu fico apenas calada e confirmo, posso ter uma intimidade com o Rei, mas eu sei o meu lugar. Vejo que já está no horário do almoço, começo a juntar minhas coisas.

— Bella espera. Precisamos conversar.

— Senhor estou saindo para o almoço.

Saiu sem esperar sua resposta.

— Espera — Adam estava sentado em sua cadeira, ele me olhou bem fundo e levanta vindo em minha direção. — antes de você sair eu queria dizer... que também me apaixonei por você. Você foi a primeira mulher em anos que me olhou como sou, para os outros eu sempre fui o Rei Fera, mas para você eu sou apenas o Adam, o homem. Eu pensava que eu não merecia ser amado. Eu ouvi tanto isso aos longos dos anos que acreditei.

Eu estava congelada ouvindo sua declaração, quando ele disse que não merecia, eu não aguentei, caminhei até ele ficando em sua frente, quase lhe tocando.

— Você merece sim Adam, eu não sou ninguém, sou uma simples empregada, mas eu te amo, independente de ser rei, de ter o rosto transfigurado, independente de qualquer coisa eu te amo.

— Eu também te amo Bella.

Adam colocou suas mãos em minha cintura trazendo meu corpo de encontro ao seu, seus olhos encaravam os meus, sua outra mãos subiu para meu rosto.

Sua boca macia encostou na minha, ele moveu lentamente provando cada conto, abri meu lábios aceitando aquele beijo. Senti seu hálito gostoso e refrescante, sua língua avida começou explorar cada canto, involuntariamente gemi.

Meu dedos se emaranharam nos seus cachos macios, meu primeiro instinto foi puxa-lo para mais próximo do meu corpo, pele contra pele.

Era o meu primeiro beijo e o mundo havia parado, e uma emoção profunda espalhou por meu corpo. Sua barba por fazer aranhou meu rosto, suas mãos que estava em meus cabelos desceram por meu rosto, acariciando cada parte, minha testa, bochecha, queixo, pescoço.

Era uma loucura de sentimentos. Seu tórax duro contra o meu, era um momento único, maravilhoso e inimaginável. Respirar se fez necessário, nossas bocas pararam de mover, descolando os lábios devagar, mas nossos corpos ainda estava unidos, por mim ficaríamos assim para sempre, sempre nos tocando, nos beijando, sentindo ele em mim. Eu não queria que ele se afastasse, minhas mãos involuntariamente desceram para suas costas e agarraram o tecido, não permitindo que ele me largasse, apesar dele não fazer nenhum movimento para se afastar.

Nossa respiração estava entrecortada, abri meus olhos e tive o visão do paraíso. Vendo ele me encarando, seus olhos transmitia tanto sentimentos, que me fazendo ter certeza que ele realmente me amava, fato que foi comprovado a seguir:

— Bella você fez esse coração que eu julgava morto renascer. Eu te amo! Você me faz sentir feliz, como a muito tempo não sentia.

Meus braços enrolaram em seu pescoço.

— Você me faz senti-se vivo e eu quero viver esse sentimento contigo.

Ele baixou o seu rosto de encontro ao meu, seus lábios tocaram delicadamente, era um beijo calmo, que terminou com pequenos selinhos, sua testa encostou na minha e ele disse:

— Eu te amo.

Fim

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