Imediatamente corri daquela sala, o medo era tanto que eu parei apena quando entrei na cozinha, assustados com minha entrada abrupta todos param seus afazeres e olharam em minha direção, se meu rosto estivesse vermelho com certeza entraria em combustão, eu detesto ser o centro das atenções, e estou sendo agora.
Vendo meu embaraço, Margareth que teve a sorte de ser a governanta da Casa Real, veio até a minha frente, minhas mãos tremiam demais, na realidade o meu corpo tremia inteiro, minha respiração estava suspensa.
E eu apenas pensava: "Droga, eu perdi esse emprego, as minhas chances de dar uma vida melhor aos meus irmãos estava indo por agua a baixo.
— Bella o que você fez? — ela ficava me olhando esperando minha resposta, mas eu não sabia o que dizer, eu não conseguia falara nada.
Eu tentei passar por minha mente o que tinha realmente feito para que o Soberano tivesse aquela reação, mas nada justificava, nada.
Ela vendo que todos olhavam para mim como abutres, apenas esperando uma fofoca fresquinha para espalharem, ela pegou no meu braço e levou-me até sua sala.
— Bella respira... E me diz o que você fez para que o soberano se irritasse tanto, que seus gritos ecoassem por todo o castelo.
— Nada! Ele do nada, começou a gritar e mandar-me sair.
Uma batida na porta foi ouvida, minha amiga levantou-se da cadeira que encontrava-se sentada, abriu a mesma e vi uma senhora de rosto risonho, que gentilmente trazia um copo.
— Vi que a menina estava deveras agitada, por isso trouxe agua com açúcar. — Ela entrou e veio em minha direção com o copo — Toma! É para acalmar seus nervos.
Coitada não seria aquilo que me acalmaria, e sim uma boa dose de uísque, mas como não queria ser chata peguei o copo e bebi tudo todo o conteúdo.
— Obrigado!
— De nada menina você deve aprender que trabalhar para o soberano não é fácil.
— É já percebi.
Vendo que eu estava razoavelmente melhor, ela olhou para Margareth e disse:
— Cuide bem dessa menina, vou voltar aos meus afazeres, tenho um banquete para produzi, apenas naquele momento eu percebi que ela era a cozinheira chefe.
Com sua saída, virei-me para Margareth e esperei um pronunciamento.
— Você está bem?
— Sim, estou Mag.
— Amiga, por favor tome cuidado, se o soberano pedir que eu lhe demita, eu não posso fazer nada, vamos fingir que esse acontecimento não aconteceu! Ok?
— Sim, claro.
— Você acha que ainda pode trabalhar como empregada exclusiva do soberano?
Eu queria muito recusar, pois ele poderia ao me ver uma segunda vez e pedir minha demissão, coisa que acho difícil, porque esses povos ricos mal lembram dos que lhe servem e eu não poderia me dar ao luxo de sair do emprego.
Apenas porque o meu empregador gritou comigo, eu já estava acostumada com gritos a senhora Balltimor, vivia gritando comigo e chamando-me de nomes que não merecem ser citados. Sem contar que o dinheiro que me foi oferecido aqui, era três vezes maior do que eu recebia antes, e eu estava precisando do mesmo, principalmente agora que a festa de casamento de Anna estava chegando.
— Sim, tudo bem!
— Certo, você viu que o Rei não é tão fácil de se conviver!
— Sim!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Presente Especial
ContoNesse fim de ano, além de mim, você terá, pelo menos, um amigo secreto que irá participar, seja ele na família, no colégio, na universidade ou no trabalho. Certo? Existem amigos secretos de vários tipos hoje em dia. Alguns tiram o nome na hora e o p...