A Feia e a Fera - Parte 2

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Imediatamente corri daquela sala, o medo era tanto que eu parei apena quando entrei na cozinha, assustados com minha entrada abrupta todos param seus afazeres e olharam em minha direção, se meu rosto estivesse vermelho com certeza entraria em combustão, eu detesto ser o centro das atenções, e estou sendo agora.

Vendo meu embaraço, Margareth que teve a sorte de ser a governanta da Casa Real, veio até a minha frente, minhas mãos tremiam demais, na realidade o meu corpo tremia inteiro, minha respiração estava suspensa.

E eu apenas pensava: "Droga, eu perdi esse emprego, as minhas chances de dar uma vida melhor aos meus irmãos estava indo por agua a baixo.

— Bella o que você fez? — ela ficava me olhando esperando minha resposta, mas eu não sabia o que dizer, eu não conseguia falara nada.

Eu tentei passar por minha mente o que tinha realmente feito para que o Soberano tivesse aquela reação, mas nada justificava, nada.

Ela vendo que todos olhavam para mim como abutres, apenas esperando uma fofoca fresquinha para espalharem, ela pegou no meu braço e levou-me até sua sala.

— Bella respira... E me diz o que você fez para que o soberano se irritasse tanto, que seus gritos ecoassem por todo o castelo.

— Nada! Ele do nada, começou a gritar e mandar-me sair.

Uma batida na porta foi ouvida, minha amiga levantou-se da cadeira que encontrava-se sentada, abriu a mesma e vi uma senhora de rosto risonho, que gentilmente trazia um copo.

— Vi que a menina estava deveras agitada, por isso trouxe agua com açúcar. — Ela entrou e veio em minha direção com o copo — Toma! É para acalmar seus nervos.

Coitada não seria aquilo que me acalmaria, e sim uma boa dose de uísque, mas como não queria ser chata peguei o copo e bebi tudo todo o conteúdo.

— Obrigado!

— De nada menina você deve aprender que trabalhar para o soberano não é fácil.

— É já percebi.

Vendo que eu estava razoavelmente melhor, ela olhou para Margareth e disse:

— Cuide bem dessa menina, vou voltar aos meus afazeres, tenho um banquete para produzi, apenas naquele momento eu percebi que ela era a cozinheira chefe.

Com sua saída, virei-me para Margareth e esperei um pronunciamento.

— Você está bem?

— Sim, estou Mag.

— Amiga, por favor tome cuidado, se o soberano pedir que eu lhe demita, eu não posso fazer nada, vamos fingir que esse acontecimento não aconteceu! Ok?

— Sim, claro.

— Você acha que ainda pode trabalhar como empregada exclusiva do soberano?

Eu queria muito recusar, pois ele poderia ao me ver uma segunda vez e pedir minha demissão, coisa que acho difícil, porque esses povos ricos mal lembram dos que lhe servem e eu não poderia me dar ao luxo de sair do emprego.

Apenas porque o meu empregador gritou comigo, eu já estava acostumada com gritos a senhora Balltimor, vivia gritando comigo e chamando-me de nomes que não merecem ser citados. Sem contar que o dinheiro que me foi oferecido aqui, era três vezes maior do que eu recebia antes, e eu estava precisando do mesmo, principalmente agora que a festa de casamento de Anna estava chegando.

— Sim, tudo bem!

— Certo, você viu que o Rei não é tão fácil de se conviver!

— Sim!

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