A idiota

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Olá, gente! Como sempre, me desculpem pela demora e pelos erros! Eu não acho que o capítulo esteja tão bom (a verdade é que eu nunca acho), não me agradou muito escrevê - lo, mas enfim, ele era necessário.
É bem (na verdade, muito) provável que eu demore mais a atualizar porque as aulas estão voltando. De qualquer forma, farei o possível e o impossível para atualizar.
Enfim, era isso. Obrigada pela atenção e boa leitura!
Até.

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       Estava na sala andando de um lado para o outro enquanto esperava Lauren chegar. Faltavam exatamente dez minutos para as seis, e enquanto ela não chegava, eu me perdia em dúvidas impertinentes, sobretudo, a respeito de Michael. "Ele já sabia! Meu Deus! Ele já sabia!" ,era o que eu pensava no meu íntimo que estava atônito. Interrogava a mim mesma qual seria o verdadeiro motivo que o levava a ter tamanha repugnância e desprezo por mim; se minha classe e condição social já não se tornavam mais uma razão plausível, onde estava então o real motivo de seu ódio? 

         Ódio, desprezo, asco, tudo que ele nutria por mim se resumia à coisas ruins, e eu estava intimamente ligada a ele e aos seus sentimentos negativos, somente por causa de Lauren.

          - "Vença-me. Seduza-me. Fique comigo. Ah, faça- me sofrer!" - Murmurei James Joyce para mim mesma com um meio sorriso e desespero, só que um sorriso amargurado e cheio de preocupações e inquietações mal disfarçadas.

          Era como se a frase de Joyce resumisse tudo o que se passava na minha drástica realidade: Lauren vencia todas as minhas barreiras e muros, para então seduzir - me e deixar - me aos seus pés e tomar conta de tudo - desde o meu coração até o controle total da minha vida -, e, eu já não podia mais me ver sem ela, queria que ela estivesse sempre comigo, o tempo todo, a vida toda, e se possível, também pela eternidade. No fim, ela se tornava também um sofrimento, pois, eis que eu tinha de suportar ser odiada e oprimida, e ainda aguentar a impossibilidade de podermos viver nosso amor por completo, sem que precisássemos amar - nos às ocultas. Soma - se a tudo isso, o fato de ter que fingir e esconder das demais pessoas que aquela mulher era minha, e só minha, e eu a manteria sobre minha posse com unhas e dentes se fosse preciso.

           Lauren chegou. A campainha mal tocara e eu já estava escancarando a porta para que ela entrasse. Como eu necessitava daquela mulher! Quando a vi, quase tive impulsos de agarrá - la e tomá - la ali, mas me contive. Ademais, ela estranharia o desespero da ação, pois não tínhamos no visto há algumas horas atrás? Mas é que todo tempo do mundo é tempo demais para ficar longe, e pouco para ficar perto. E para aumentar o meu desespero, ela só me deu um beijo breve e simples, que não era capaz de saciar a vontade que eu tinha dela.

           - Não vou entrar. - Disse recuando quando tentei levá - la para dentro. - Vem, vamos. - Ela disse sem dar qualquer explicação e indo para o carro.

          Fiquei estática por um instante, contudo, venci meu espírito surpreso pela falta de explicação, e apenas me precipitei a fechar a porta para segui - la até o carro.

          - Onde vamos? - Questionei enquanto colocava o sinto.

          - Espere e você verá.

Lauren (Camren/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora