Olá, gostaria de agradecer quem está lendo e me desculpar a demora para atualizar e também por não responder os comentários porque não tem me sobrado tempo, porém eu os leio e assim que possível tentarei responder.
Desculpem qualquer erro, boa leitura e até logo!
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Tinir de pratos e copos, ruídos e estalar de beiços, o banquete havia iniciado. Comida e mais comida era colocada sobre a mesa e iam passando para os pratos, enchendo - os aos montes. Eu, porém, comia pouco, sentia um certo incômodo em estar naquele lugar, me sentia sendo observada, o que me dava a sensação de ser como um corpo estranho num organismo, e eu era mesmo! Não fazia parte daquele mundo, não me encaixava com aquelas pessoas que se deliciavam com comidas estranhas, bebidas caras e chiques, e que se perdiam em assuntos sobre os quais eu não sabia falar. Comecei então a me tornar um ser casmurro no meio de toda aquela gente.
O que me mantinha ali era Camila. Talvez ela tenha percebido que eu me sentia desconfortável com toda aquela situação, e assim ela tomou a iniciativa audaciosa de unir nossas mãos, seus dedos estavam entrelaçados aos meus, e isso parecia me acalmar e assim, eu sentia que podia voltar a respirar, não em pleno funcionamento mas pelo menos de alguma forma mais aliviada.
Conversa vai, conversa vem e eu apenas escutava. Ouvi Dinah, que estava sentada ao meu lado, comentar com Normani:"A filha do Jauregui deve ter perdido algo em nós porque não para de olhar para cá um só segundo." Então eliminei minha dúvida, ela era mesmo filha do coronel, a garota era mais uma que se sobrepunha em minha cabeça.
Em meio ao zum zum zum de vozes a conversa veio a cair em algum ponto sobre determinismo e condição social. Eu ouvia atenta as opiniões alheias, de como a maior parte daqueles indivíduos eram capazes de defender a condição social de uma pessoa como determinismo, era inescrupuloso ouvir aquelas pessoas ( não todas, porém a maioria) afirmarem que uma vez pobre, sempre pobre, e traziam à tona, de volta do túmulo a sociedade dividida em estamentos, modelo social característico do feudalismo. Me impressionava como homens de tal nível se deixavam influenciar por um pensamento tão medieval. Entretanto, talvez não fosse um raciocínio mediévo, talvez fosse a dificuldade em aceitar que as pessoas podem sim melhorar de condição, ou quem sabe, fosse ainda pura repulsa aos miseráveis da sociedade, uma vez que é fato que na maioria dos casos o dinheiro faz a cabeça das pessoas, e estas tendem a ver os humildes como uma praga e figuras inteiramente inferiores, que vivem de e somente para servir. Os grandes sabem o que são e fazem questão de reafirmar sua superioridade.
Calada no meu canto, encolhida na minha cadeira ao lado de Camila, que assim como as outras mulheres da mesa parecia não ligar para a presente discussão, eu ouvia, ouvia e interpretava as opiniões daqueles homens. Um rapaz, um tal de Shawn Mendes, o qual eu viria a ter um contato maior algum tempo mais tarde, abriu a boca para opinar com uma frase que se não era horrorosa era inaceitável, ao meu ver.
- São uma praga! Uma praga! - Se exaltava - Além de exigirem salário melhor pelo parco trabalho braçal que fazem, ainda tendem a fazer greves! Essa tal de greve não passa de vagabundagem disfarçada.
Ele estava reclamando de seus funcionários, pois até onde eu sabia, o Mendes era herdeiro de alguma indústria, não posso dizer ao certo.
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Lauren (Camren/You)
FanficQual é o limite do coração? Quão tênue é a linha que separa o sentimento da razão? Essas são perguntas que (SeuNome) não pode responder, por mais que procure a resposta. Porém, ela pôde experimentar a certeza de que "o coração tem razões que a própr...