A primeira semana é sempre a mais difícil.Manuel decidiu ir embora apenas no final da semana, e certamente me senti bem com esta decisão, pois sentia que precisava de companhia para passar pelos primeiros dias sem minha mãe.
O quarto da mulher continuava fechado; ainda não estava pronta para me enfiar naquele cômodo que guardava tudo dela, que era todo ela. Entrar naquele lugar só faria aumentar a saudade que eu sentia, e mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde eu seria obrigada a ingressar no quarto para separar suas coisas, eu não sentia que aquela fosse a hora certa.
Os dias voltaram passar arrastados, quase tão monótonos quanto os outros. Não fui à todas as aulas, e tampouco fui trabalhar, tinha ganhado a semana inteira de folga.
Camila vinha nos visitar todos os dias, e particularmente, ela ia sempre ver a mim, mas acabava terminando entretida em conversas com meu irmão. Não posso negar que tive ciúmes dessa aproximação e desse entrosamento dos dois, mas eu sabia que Manuel estava longe de sentir algo por Camila, e ela tão pouco quanto ele.
Eu mal podia participar das conversas, falava pouco e gesticulava ainda menos. A imagem de minha mãe morta não se esvaía de minha mente embora eu tentasse e tentasse esquecer. Até Manuel já aparentava estar menos abalado com o ocorrido, mas eu, eu quase nunca me sentia a ponto de superar a perda daquela mulher que significava muito para mim, uma mulher que, insensivelmente eu penso, me devia muitas explicações!
Alejandro e Sinuhe apareciam sempre que possível também, mas não conversavam muito comigo. Outras pessoas davam as caras, como Dinah e Normani, ou Troy e Ally, mas quem eu esperava só foi aparecer no sábado - dia em que Manuel voltaria para San Diego.
Estávamos Manuel; você, Albert; e eu sentados à mesa almoçando quando a campainha soou. Fui a primeira a me prontificar a ver quem era, quando girei a maçaneta e escancarei a porta, o rosto de Lauren se materializou na minha frente.
- Lauren? O que faz aqui? - Indaguei surpresa por vê - la depois de quase uma semana sem nos falarmos.
- Eu vim te ver. - Abriu um sorriso grandioso como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Não está feliz em me ver? - Questionou ao notar que eu não conseguia lhe dar o sorriso que eu sempre tinha no rosto quando a via.
- Não é isso, eu estou sim. - Chacoalhei a cabeça como se tivesse acordado de um transe - Só fiquei surpresa pela sua visita inesperada. Se bem que tudo com você é inesperado. - Afirmei lhe dando licença para entrar.
- Bem, acho que você não está sozinha. - Falou ao ver que meu irmão aparecera subitamente na sala.
- Ah! Este é o meu irmão Manuel, Lauren. - Falei passando na frente dela.
O rapaz esticou a mão na direção da garota que fez o mesmo. As mãos se apertaram, calorosas e firmes. Manuel lançou um olhar cordial para Lauren e disse:
- A filha do coronel Jauregui? - Lauren assentiu - Ouvi falar um pouco de você.
O olhei intrigada: ouviu falar de Lauren? Quando isso?
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Lauren (Camren/You)
Fiksi PenggemarQual é o limite do coração? Quão tênue é a linha que separa o sentimento da razão? Essas são perguntas que (SeuNome) não pode responder, por mais que procure a resposta. Porém, ela pôde experimentar a certeza de que "o coração tem razões que a própr...