Boa noite, pessoal! Sim, eu sei que demorei, e não vou pedir desculpas porque sei que isso não justifica ou me ausenta de qualquer culpa por não ter atualizado. De qualquer forma, acho que o capítulo não ficou muito bom nem muito grande. Mas mesmo assim, boa leitura!
Até o próximo!
"Não se desculpe, só melhore".
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Não pude esquecê-la obviamente. Um mês inteiro havia se passado desde a última vez em que lhe falei, porém era uma missão mais que impossível tirar Lauren da minha vida ou dos meus pensamentos quando sempre tinha algo para me lembrar dela, quando eu sempre a via em algumas ocasiões.
Camila tornara-se uma pessoa constante na minha vida - muito mais do que já era. Dinah também aparecia com mais frequência, assim como fazia a namorada, Normani, aparecer em minha casa também. Apesar da estreita relação com Lauren, Ally e Troy não se afastaram, continuaram a ser meus amigos como antes e evitavam falar sobre ela perto de mim, embora algumas vezes eles fizessem alusão a algum assunto que a envolvia, e eu ouvia sem demonstrar desconforto ou aborrecimento por isso, pois em parte, eu queria muito saber sobre ela.
Estávamos em agosto, último mês de verão no ano. No entanto, o meu coração que ainda passava por uma época fria, seca e devastada como o inverno, estava ainda prestes a começar a se aquecer - um verão escaldante, quente e cheio dum calor excitante chamado Camila Cabello começava a se instalar no meu coração. Já lá atrás afirmei que sentia ser possível que eu me apaixonasse por ela - que já estava me apaixonando, na verdade - e agora que eu estava sozinha, via como essa suposição tornava-se extremamente possível. Entretanto, não sem alguma relutância da minha parte - relutância que não durou muito.
Quisera eu entender de onde vem essa coisa que chamam de amor, de onde surge? Como surge? O que diferencia nossa afeição por uma pessoa que nos leva a classificar como amor? E por que digo que amo este, mas não aquele? Não sei e acho que se algum dia eu encontrasse uma resposta para essas perguntas, talvez eu pudesse ter feito as coisas com Camila totalmente diferentes e melhores do que foram.
Eu me recolhi por um tempo, recuei e hesitei como alguém que se esconde desesperadamente de uma tempestade por medo de se molhar; não manifestava nenhum tipo de afeto e tentava manter Camila distante que podia, mas ela ia sempre encontrando uma maneira de se por no meu caminho, nos meus planos, na minha vida, até que encontrou uma brecha de entrada para o meu coração. E então, veio o momento no qual eu já não tinha mais a mesma capacidade de resistir; começava a olhá-la com tanta ternura, a acha-la tão especial e atraente, a caracterizá-la como única. Sentia que no fundo, haviam semeado em mim uma plantinha de amor que ainda não havia visto o sol, mas agora o encontrava e começava a crescer: vigorosa e forte. E aqui entre nós, Carter, eu não tinha me esquecido de Lauren e tampouco deixei de amá-la, eu não poderia e nem conseguiria, o que houve foi que dentro de mim ainda havia espaço para nascer algo novo, provavelmente mais bonito e melhor. No entanto, o solo em que aquela semente de amor por Camila caiu já estava gasto e com poucos nutrientes, não era mais capaz de cultivar por tanto tempo uma espécie de sentimento tão implacável como o anterior, pois uma vez que "no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor", não há solo fértil o suficiente para tanta efusão de sentimentos e assim, "para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba". Este era o meu caso hipocondríaco de sentir e de viver.
O mais engraçado de tudo é que, embora eu ainda negasse tudo a mim, eu estava convicta de que se eu cedesse por completo, o temor e o receio de que eu não fosse capaz de ser tudo aquilo que ela esperava estaria sempre a me espreitar os meus maiores momentos de sossego para me causar angústia, pois eu sabia, no fundo, se algo saísse errado, ela não recuaria. E entretanto, não nego que Camila entendia no meu silêncio e no meu esforço para mantê-la afastada do meu coração que eu estava receosa, que tinha um severo medo de magoá-la, e que acima de tudo, temia que a lembrança de Lauren viesse nos assombrar, já que a Cabello estava ciente de que eu ainda não havia me livrado da maioria ou quase nenhuma das impressões que Lauren deixara em mim.
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Lauren (Camren/You)
FanfictionQual é o limite do coração? Quão tênue é a linha que separa o sentimento da razão? Essas são perguntas que (SeuNome) não pode responder, por mais que procure a resposta. Porém, ela pôde experimentar a certeza de que "o coração tem razões que a própr...