Este capítulo é apenas para completar o de ontem, pois apesar de curto, eu acho que ele deveria ser um capítulo independente. Obs: sinto-me mal. :(
"Eu não sou nada especial, disso eu tenho certeza. Eu sou um homem comum com pensamentos comuns e eu tive uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e meu nome será logo esquecido, mas eu amei uma pessoa com todo meu coração e alma, e para mim, isso sempre foi suficiente." - Nicholas Sparks
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Eu estava assistindo tv quando Alejandro me ligou. Dificilmente ele me ligava durante a noite e já eram quase meia-noite. Estranhando a ligação, atendi sem demora.
- Alô, (SeuNome)? – Ele falou assim que atendi a ligação e imediatamente percebi que a voz dele não era a habitual, parecia uma voz cansada e bastante trêmula.
- Sim, Alejanro, sou eu. Aconteceu alguma coisa?
- A Camila, (SeuNome)... A Camila...
- O que tem a Camila, Alejandro? – Falei me levantando do sofá e automaticamente levando a mão à testa devido a preocupação.
- Ele se matou, (SeuNome)... Minha filha... – O ouvi começar a chorar do outro lado da linha. Já eu emudeci, senti a garganta seca e um forte aperto no coração.
A única coisa que fiz por longos minutos foi respirar enquanto continuava a ouvir Alejandro soluçando do outro lado da linha. O suicídio de Camila não era nenhuma espécie de novidade para mim, pois eu já conhecia suas tendências suicidas. No entanto, eu não esperava que ela realmente pudesse chegar a cometê-lo, principalmente, por minha causa.
- Você pode vir até aqui? Os peritos estão no quarto dela... Sinu está péssima e Sofia...- Ele não conseguiu terminar Albert, pois voltou a chorar.
- Sim, eu estou indo, Alejandro.
Ainda demorei cerca de vinte minutos para sair de casa. Não acreditava que realmente havia acontecido. No caminho até a casa dos Cabello, eu me lembrei de Dinah, deveria estar destruída e eu não estava pronta para encará-la, pois descarregaria, justamente, toda a culpa sobre mim.
Quando cheguei à casa, do lado de fora, o carro de Camila estava estacionado. Toquei a lataria fria do metal que formava aquele veículo e fechei os olhos me lembrando dela, dos nossos momentos...
"- Aí, (SeuNome)... - Ela resfolegou, sussurrou, gemeu no meu ouvido. - Eu te amo...- Falou fazendo com que eu me ajeitasse naquele carro apertado sobre o banco que compartilhávamos para entao me olhar nos olhos."
Entrei. Havia uma quantidade considerável de pessoas, alguns amigos da família, outros, meros curiosos. Alejandro e Sinu estavam na sala, ambos estavam inconsoláveis. Ao me abraçarem, eu não podia consolar nenhum dos dois, pois eu não conseguia consolar a mim mesma. Tinha os olhos vidrados na escada de onde a vi descer tantas vezes correndo para me abraçar, escada que levava ao andar de cima onde ficava o quarto de Camila e tinha vontade de ir até lá. Parecia que algo em mim ainda não acreditava. Foi pior do que quando minha mãe morreu, e da mesma forma, eu não conseguia chorar. Era como se a ficha ainda não tivesse caído por completo.
- Já tiraram o corpo dela de lá, Alejandro? – Perguntei ainda fitando a escada.
- Já sim. – Ele respondeu fraco e sentou-se no sofá abatido.
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Lauren (Camren/You)
FanfictionQual é o limite do coração? Quão tênue é a linha que separa o sentimento da razão? Essas são perguntas que (SeuNome) não pode responder, por mais que procure a resposta. Porém, ela pôde experimentar a certeza de que "o coração tem razões que a própr...