DYLAN
— Até poderia dizer "eu te avisei", mas falar isso seria simples e corriqueiro demais. Todos falam e já perdeu completamente a graça, em vez disso, nas minhas humildes palavras, prefiro dizer que você está preso em uma chave de xota nunca antes vista na face da terra.
Nathan sem dúvida nenhuma era um filho da puta. Com letras gigantes e garrafais. Não bastou a diaba russa ter me largado de pau duro, sem peso nenhum na consciência e com um sorriso no rosto, agora tinha que aguentar o paspalhão não calar a boca por um segundo.
— Isso, isso mesmo, me lembrei agora — estalando os dedos como se lembrasse de algo, riu escandaloso o purpurinado, literalmente, devia ter pó colorido até no rego dele. — Ela vai ser minha... aquela ali ainda vai gritar muito o meu nome...
Purpurinado, bêbado e louco. Estourar a cabeça de alguém seria mais do que um alento para a minha mente fodida e revoltada. Como ela pôde ter feito aquilo? Foi mais do que óbvio que ela queria também. Só se eu estivesse sob o efeito de alucinógenos para comprovar que Ekaterina não estava na minha tanto quanto eu estava e ainda estou na dela.
Diaba.
Meus dedos se controlavam na árdua tarefa de não voar no pescoço dele. Enquanto tentava de toda maneira fazer minha ereção não voltar ao pensar nela gemendo baixinho com a minha boca a chupando, era obrigado a ficar o escutando repetir incansáveis vezes que ela tinha arrombado o meu cú com força.
Puta que pariu. O gosto dela era vivo e contagiante na minha boca. Bastava fechar os olhos e tudo voltava como uma onda. Balancei a cabeça tentando esquecer. Ekaterina não podia ser uma droga desse tamanho.
— Por que não vai chupar uma rola pra sossegar essa bunda inquieta? Oh, esqueci, só serve o espanhol meia boca, nesse caso, acho que dar umas lambidas em uma banana vai dar na mesma merda — irritado, joguei as palavras em cima dele. — Já pensou em ir se foder hoje?
— Na verdade, sim. Vai precisar fazer mais do que isso, priminho — desdenhou quase caindo no chão, com um sorrisinho de lado que eu adoraria pegar uma faca e fazer dele a versão gay do Coringa. Nathan ergueu seu olhar que mirava seus pés cambaleantes e escaneou meu rosto com ousadia. — E preciso dizer, que mulher sensacional. Te deu um pé na bunda sem nem pensar duas vezes, acho que vou fazer uma carteirinha para me filiar ao clube dela, o "Caguei para o Dylan e sua preciosa rola".
Gargalhou.
— Meu Deus... — ele ria de chorar e meu sangue fervia, escutar aquela maldita frase de novo era a mesma coisa que colocar uma bomba no meu cú e deixar lá para explodir — que russa maravilhosa, acredita que ela ainda acenou pra mim antes de entrar no carro com a amiga e ir embora? Além de tudo é educada. E olha que eu estava boquiaberto no meio da calçada vendo você não acreditar que estava sendo rejeitado.
Respirei fundo crispando a boca, o puxando para que andasse mais rápido. Sem calma ou cuidado algum. Tinha sido condescendente demais ao me prontificar a ajudá-lo a caminhar até o quarto sem que caísse no chão. Um braço seu estava jogado sobre os meus ombros e os meus praticamente o carregavam. Eu fazia todo o trabalho, Nathan se limitava a fazer o esforço mínimo de manter seu tronco de pé.
O arrependimento batia, tudo porque não quis ser um babaca escroto. Mas com certeza não era obrigado a aturar nada de absolutamente ninguém.

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SEDUÇÃO FATAL [HIATO]
Romance[+18] Dispa-se de todas as algemas e vista-se da liberdade de ser quem e o que desejar. ▪▪ Dylan Travis cresceu sabendo que nada em sua vida era ordinário. Com um pai autoritário e exigente, uma família que coman...