Capítulo 36

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Mais um? Mais um :P

#amém

DYLAN


— Você não contou, não é? — com a cara amarrada, Nathan perguntou.

— Contou o quê e para quem? Precisa aprender a ser mais específico, purpurinado.

Rolou os olhos.

— Sobre a Rose pra Ekaterina, idiota.

— Ah, sim — cruzei os braços e acenei. — Não, não contei.

— E tá esperando o que exatamente? O que pensa que vai acontecer quando a russa chegar lá e dar de cara com a ruiva dizendo estar esperando um filho seu? Dylan, isso é pedir pelo desastre. Daqueles enormes e que destroem tudo. Sei que Kate é evoluída mentalmente o suficiente pra não cair em qualquer chantagem que Rose tente fazer, mas mesmo assim pode dar uma treta daquelas, sabe disso. Não confio nada na doida que dormiu contigo. Eu avisei, não faça isso, aquela mulher tem problemas demais, e como sempre a cabeça que usou foi a debaixo.

Nathan aproveitaria até o ultimo segundo disponível para jogar o que pudesse na minha cara. Já que não nos veríamos nunca mais, – tá, porra, exagerei, só um breve período de tempo – esvaziaria todo o estoque até que ele ficasse vazio.

— Claro que sei, mas queria que fizesse o que? A diaba estava com a cabeça cheia por causa da Natasha, com que cara eu chegaria pra dizer: então, sabe o que é, tem uma filha da puta aí que eu comi antes de você dizendo estar com um bastardo meu na barriga. Ela jura de pé junto que é verdade, mas eu digo que não. Vai acreditar em mim e ir embora comigo?

Exalei.

— Era isso que eu devia ter feito? Porque se a sua resposta for sim, realmente desisto de você.

— Má ideia foi não ter dito nada, ela vai te matar.

— A russa? — ri — Estou esperando por isso.

Balançou a cabeça.

— E o que vai fazer? Elas irão se encontrar em algum momento, não tem como ser evitado. Como será? E se a Rose não mentiu? E se for mesmo seu? Parou pra pensar que pode perder a Kate pra sempre? — disse alarmado — Pelo amor de Deus, me diga que essa criança não é sua.

— Não é minha.

— E como pode afirmar? — engoliu em seco — Ai, meu coração. Não quero pensar nessa possibilidade se tornando realidade.

— Caralho — bufei. — Tenho convicção que não é meu. Se fosse possível ter filhos dando o cú, a esse ponto você seria pai de uma prole.

— Rude — resmungou.

Soltei uma risada.

— E não menti — provoquei. — Ou menti? Diz aí, é possível? Se sim, então tô na merda mesmo.

— Vai se ferrar.

Cerrando o cenho, inspirou fundo, baforando o ar quente de seus pulmões contra o ar frio da noite.

— Então é um sim.

Gargalhei.

— Escuta... — o chamei novamente, e ainda irritado, Nathan deixou a cabeça pender para o lado e me fitou — eu vou contar, não se preocupe, mas não será agora. É um risco que não estou disposto a correr, é possível que ela me estoure e volte pra casa.

— Conto com isso.

— Sei que sim.

— O que vai fazer com a Rose então? — sussurrou, chegando mais perto de mim — Se provar que é mentira...

SEDUÇÃO FATAL [HIATO]Onde histórias criam vida. Descubra agora