Quem é vivo sempre aparece, não é?? :((
Galeres, estou sem internet há quase uma semana, não sei quando volta e estou meio desesperada. No momento estou pegando da minha avó e oremos pra isso aqui ir. Quando der eu volto, espero que essa semana ainda.
KATE
A noite, se possível, parecia ainda mais escura. O silêncio ao redor era a nossa companhia. Sentados no chão, com as costas reclinadas no sofá da sala, as taças de vinho quase vazias aos nossos pés e apenas a luz dos postes da rua que atravessavam a janela para nos banhar, Dylan segurava a minha em sua perna. Não me olhava, apenas contornava os meus dedos com os seus. O toque era diferente, e por mais maluco que pudesse parecer, a sensação era que queria gravar cada pedaço meu, como se a qualquer momento eu não estivesse mais ali.
Sua respiração era controlada, mas o semblante era sério, chegando a ser quase preocupado. Olhava o perfil de seu rosto tentando imaginar o que se passava em sua cabeça, mas a dedução não era o meu melhor atributo.
Quando chegou ao dedinho, arrastou a mão um pouquinho para baixo e virou o meu braço, deixando a palma aberta direcionada para cima. Ele sabia o que procurava. Fechei os olhos ao senti-li deslizar o polegar em cima da tatuagem que Nathan de semelhante modo havia se interessado. Mal sabia ele o que ela significava.
— Preciso que escute muito bem o que eu tenho a dizer — falou enfim. — Quando eu terminar, pode perguntar o que quiser, e gostaria muito que, se possível, não me matasse.
— O que? — o encarei — Por que eu iria querer te matar?
— Acredite, ainda hoje vai desejar fazer isso.
— Eu deveria ficar preocupada?
— Não — balançou a cabeça. — Você é a especialista aqui, tenho certeza de que se eu for um filho da puta, vai tirar uma arma do além e enfiar uma bala na minha testa, então não, não deveria ficar preocupada — deu um riso torto — eu que deveria.
Assentindo, limpei a garganta.
— E por que eu iria querer usá-la?
Seu sorriso aumentou.
— Sabia. Imagino que deva esconder um arsenal aqui. Atrás dos quadros, dentro dos armários da cozinha, debaixo da cama.
— O necessário para proteção — dei de ombros.
— Proteção? — ironizou — Me parece mais do que proteção, em todo caso, melhor que eu escolha as palavras certas.
— Concordo — certeza que algo estava errado.
— Vamos lá... — respirando fundo, segurou em meu rosto — a primeira coisa é, e possivelmente a mais importante, nunca menti para você. Tudo o que te falei era verdade.
— Então por que essa conversa está acontecendo?
— Porque apesar de ter te dito, omiti certas partes.
Franzi a testa.
— E eu deveria ficar ciente disso...
— Eu quero você, Ekaterina — seus olhos queimavam nos meus. — E pelo que sei relacionamentos que começam baseados em inverdades tendem a não darem certo. Não que eu tenha qualquer experiência no assunto, mas suponho que seja um bom conselho a se seguir.
— Você me quer? — sussurrei.
Ele não tinha noção de todas as merdas que eu carregava e dizia me querer.
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SEDUÇÃO FATAL [HIATO]
Romance[+18] Dispa-se de todas as algemas e vista-se da liberdade de ser quem e o que desejar. ▪▪ Dylan Travis cresceu sabendo que nada em sua vida era ordinário. Com um pai autoritário e exigente, uma família que coman...