Capítulo 5

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— Dylan... Dylan — estava jogado no sofá do quarto, ainda me recuperando do cansaço da viagem. Batia os dedos nas têmporas quando a voz de Nathan me fez parar de divagar e desviei o olhar da janela para fitá-lo. De pé e segurando as duas abas do casaco grosso com as mãos, me encarava incerto. — Está tudo bem?

— Uhum — murmurei e passei a mão sobre a boca. Eu estava fodido até o talo. E por mais tentador que fosse, não podia desobedecer as ordens, pelo menos não agora. Observei Nathan da cabeça aos pés, tinha os cabelos escuros e os olhos claros. Ele acenou e foi até o espelho. Enquanto ajeitava os fios com os dedos, aproveitou para me procurar pelo reflexo.

— Por que então está com essa cara? O que seu pai disse para te deixar assim? — perguntou sorrindo, sem fazer ideia da resposta.

— Que eu tinha que te matar.

Nathan soltou uma risada, fechando os olhos no caminho.

— Que hilário — sacudindo os ombros, ainda reflexo do riso, terminava de se arrumar. — Suas piadas estão ficando cada vez melhores, de verdade. Soou tão natural que por um momento quase acreditei. Você nem hesitou ou parou para pensar, foi direto na lata — inclinando a cabeça sobre os ombros, pousou seus olhos em mim. — Isso vai ser muito útil pra você no futuro.

Soltei o ar pela boca e me levantei. A dúvida entre o meu dever e a minha vontade era ferrenha. Por mais que eu o amasse e me importasse, não podia fazer as jogadas erradas. O poder ainda não era meu e as ordens ainda não vinham de mim.

Ele tinha pensado que era brincadeira. Eu fui sincero. Eu contava? Ou mantinha segredo? Ele acreditaria em mim? Ele continuaria confiando em mim?

Caralho.

— Sim, então... — cocei a garganta e coloquei as mãos nos bolsos da calça — vamos? Esse país é uma merda e o frio tá congelando meus ossos. Preciso encher a cara pra relaxar e quem sabe foder um pouco pra desestressar.

— Você precisa é de uma companhia fixa, primo. Dormir com essas mulheres não irá melhorar sua vida em nada — Nathan girou o corpo e se apoiou em meu ombro, olhando fundo em meus olhos. Tentei desviar, mas o filho da mãe era um maldito que conseguia me fazer pensar. — Precisa de um Miguel também.

Franzi os olhos e respondi confuso.

— Eu preciso de um homem?

— Dylan, você entendeu — ele rolou os olhos e empurrou meu peito. — Precisa de uma mulher com quem possa contar, e sinto muito, não é a Rose ou nenhuma outra que você já comeu ou come. Elas só querem uma coisa de você, e na verdade, o que você realmente precisa é de outra coisa.

— Que seria?

— Sabe muito bem o que é — ele fez questão de piscar demoradamente e sorrir escancarado, saindo de fininho sem deixar de zoar com a minha cara. Fiquei parado no lugar ruminando suas palavras. Ele tava maluco. E realmente não estava ajudando na minha tentativa insana de dar um sumiço nele. E olha que tudo conspirava para que eu não conseguisse isso. — Aliás...

SEDUÇÃO FATAL [HIATO]Onde histórias criam vida. Descubra agora