DYLAN
Fuxicava a geladeira sentindo o olhar curioso de Ekaterina queimar em minhas costas. Havia algumas opções pelas quais ela não conseguia esconder que me encarava a todo o tempo; a primeira, porque eu estava pelado no meio da cozinha, a segunda, porque me prontifiquei a cozinhar – afinal, meu estômago necessitava de comida –, e a terceira, talvez, só talvez, porque tinha me inclinado um pouco para frente, basicamente enfiando a cabeça entre as prateleiras frias.
Depois de toda a foda diabólica, que caralho, que foda foi aquela, simplesmente fodasticamente fodástica, precisava repor as energias. Apareci do nada para a russa – pela segunda vez em pouco mais de um mês – com duas intenções pré-estabelecidas. A mais importante e primordial era contar pra diaba quem eu era. Se a queria comigo, então a hora de começar a revelar algumas coisas tinha chegado.
Inclusive que ela era minha, o que obviamente pareceu não ter sido bem recebido como esperava.
Por que a russa não podia aceitar e sorrir como a maioria das outras mulheres faria? Mas aí Kate não seria a Kate. Se algum dia, por um milagre da natureza, a maldita concordasse com qualquer coisa que eu dissesse sem colocar qualquer imposição ou querer sair por cima, não seria ela, outro fator que aumentava o meu desejo e vontade.
Excitante pra caralho quando a pernuda ficava irritada. Tipo quando apertei a campainha de propósito, insistentemente, várias vezes. Queria vê-la espumando, nada de Kate boazinha e doce, a Kate puta da vida querendo trucidar me deixava num estado de euforia onde nem eu mesmo me reconhecia. E o objetivo foi cumprido com sucesso, mas quando a porta foi aberta e encarei aqueles olhos verdes e os cabelos castanhos novamente, perdi a razão e fodi a porra toda.
Literalmente.
Tão perdido que quando me provocou sobre outro cara a tocando fiquei descontrolado. Possessivo de merda quando se tratava dela. Eu era ciumento? Só com ela. Eu me importava a cada segundo com alguém? Só com ela. Eu rejeitava uma foda fácil quando tudo o que mais queria era me aliviar? Só por ela. E se Kate cogitou qualquer coisa que envolvesse um desconhecido a tomando na minha frente, tive certeza que seus planos caíram por terra.
Chupei com vontade aquela boceta com gosto de boceta, tanto que o gosto maravilhoso ainda era presente na boca. Sensação mais prazerosa era olhar pra cima e notá-la se contorcendo, dando aqueles gemidinhos deliciosos de quem experimentava do mais profundo êxtase, sussurrando meu nome enquanto choramingava e me arranhava. O aroma de sua pele cheirosa, um perfume natural misturado com o perfume adocicado e alucinante que usava, entranhado nas macias coxas que trepidavam quando o corpo se aproximava do orgasmo, a rebolada pedinte em minha língua que brincava e exigia, os arrepios e arquejos necessitados e cheios de tesão ao sentirem minhas mãos perambulando em seu corpo.
Enquanto mexia em alguns potes plásticos, tirando da frente aquele alface verde demais e toda a coisa saudável, procurando os ingredientes necessários para a minha arte culinária, dei uma leve espiada por cima dos ombros. Sabia que a minha visão de homem belo, recatado e do lar a tinha pego de surpresa.
Quem diria que logo eu, um espécime tão singular, poderia ter tanta familiaridade com utensílios domésticos? Além de ter a vara da salvação, tinha as mãos angelicais capazes de prepararem banquetes de fazer chorar, por cima e por baixo.
Chega aqui, bem na surdina, pé do ouvido...
Se optar pelo caminho estreito e apertado da parte inferior, garanto fome saciada para o resto da vida ou o seu dinheiro de volta – satisfação do cliente em primeiro lugar –... então, se eu fosse você, pedia essa opção no menu devasso do Dylan, apenas...
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SEDUÇÃO FATAL [HIATO]
Romance[+18] Dispa-se de todas as algemas e vista-se da liberdade de ser quem e o que desejar. ▪▪ Dylan Travis cresceu sabendo que nada em sua vida era ordinário. Com um pai autoritário e exigente, uma família que coman...