SEDUÇÃO FATAL [HIATO]

Capítulo 16

KATE

Para todas vocês, mulheres lindas e maravilhosas. Poderosas sim, e fortes também. Que lutam e trabalham todos os dias para serem reconhecidas e respeitadas.
Parabéns pelo nosso dia ❤

Essa vai para todas as mulheres que
estão vencendo
Alcancem seus objetivos!

— Vai embora sem se despedir, russa?

Respirei fundo. Fiz o mínimo de barulho que consegui, mas pelo visto não foi o suficiente.

Nem havia amanhecido ainda quando me levantei na ponta dos pés e recolhi minhas roupas do chão. Apanhei minha calcinha e sutiã e os vesti depressa. O mesmo processo repeti com a calça e a blusa. As minhas coisas todas guardadas ou vestidas. Quase pronta para ir embora, e por pouco não deu certo.

— Achei melhor evitar esse tipo de situação. Nada de coisas melosas demais ou um adeus que não resultaria no que ele significa de verdade — girando o corpo, o encarei. Deitado de bruços, com o rosto sonolento, mas risonho, Dylan tinha a cabeça apoiada na mão. O lençol o cobria o suficiente para esconder o necessário. Sob a luz da manhã que entrava pelas grandes janelas espelhadas, os desenhos em seu corpo eram mais escuros. Quase nada de sua pele ficava à mostra.

— Medo de outra recaída?

— Recaída significaria que cedi a algo que não queria. O que não aconteceu. Eu nunca te disse não, apenas não disse o sim que você queria ouvir logo de cara. Então, respondendo à sua pergunta, não tive e nem tenho medo.

— Então por que essa pressa e silêncio todo para ir embora sem que eu percebesse?

Sorri.

— Não estou de férias em outro país. E ao contrário de você, minha vida continua normalmente. Com os mesmos problemas, as mesmas dificuldades, a mesma rotina. A vida não para porque queremos, nem muda. Se quisermos ver alguma diferença acontecer, precisamos ser aqueles a dar o primeiro passo.

— E que diferença é essa que quer ver?

— Derrotar aquilo que é mais forte do que eu no momento.

— Esse oponente seria eu?

Sorri mais uma vez. Antes fosse. Mas ele não fazia cócegas perto da montanha que se erguia forte e amedrontadora diante de mim. Ajeitei a bolsa nos ombros e neguei com a cabeça.

— Infelizmente para a saúde do seu ego, não. Desculpa. Nem tudo é sobre ele.

Meneando a cabeça em concordância, tirou o lençol de sobre o corpo para se levantar e andou até onde eu estava. A experiência tinha sido melhor do que eu pensava. E contrariando o que eu disse, e confirmando a teoria de Nina, sexo casual não fazia mal algum.