DYLAN
- Para Dylan, deixa eu fechar isso aqui... - num sussurro que buscava fôlego para ser dito, Ekaterina pediu pela milésima vez. Suas mãos tremiam - e não era pelo frio - enquanto ela tentava pegar o chaveiro de dentro da bolsa.
Ri com a aflição da russa. Ekaterina tinha as mãos diante dos olhos e caçava a chave que fechasse a porta, mas toda vez que enfiava qualquer uma no trinco, ela não girava. Meus dedos se prendiam em seus cabelos deixando sua cabeça levemente inclinada e tinha minha boca em seu pescoço. Meus dentes a mordiam e meu braço a envolvia não a deixando escapar.
- Não estou fazendo nada, diaba. Apenas te aquecendo.
Estava doido por ela. Precisava mais do que qualquer coisa e a teria. Finalmente a teria. A rua estava deserta e vento frio batia sobre nós. Nem a merda da neve me importava, muito menos o fato de que atrás de mim o carro me aguardava. Foda-se. Aqueles ao meu redor sabiam o meu jeito e pouco me importava com o que pensassem. Pois tinha nas mãos tudo aquilo que queria.
- E não vejo a hora de cumprir tudo o que prometi - senti sua pele arrepiada e o gemido baixinho que deu quando prensei meu corpo mais ao dela e fiz uma carícia demorada bem abaixo do seu umbigo.
- Se você não controlar esse seu pau, vai ficar sem nada - resmungou, e a chave enfim trancou a porta.
- Duvido, porque agora que viu como te deixo apenas com os dedos, não vai sossegar enquanto não tiver ele todinho dentro de você, te fodendo tão gostoso que no dia seguinte toda vez que andar vai se lembrar do que fiz.
- Não se acha prepotente demais? - soltou a pergunta ácida e nem precisei ver seu rosto para saber a expressão que teria exposto nele.
Repuxei os lábios em um sorriso de lado. Sua língua era mais do que afiada quando queria se impor contra mim.
Girando o corpo como conseguiu, me encarou de frente e semicerrou os olhos. A russa era a única que mesmo ansiando e desejando não se rendia tão fácil. Conduzia as coisas do jeito que queria e o idiota aqui seguia a cartilha. Sua tenacidade e ousadia eram excitantes pra caralho. E nada como um bom desafio para aguçar os sentidos.
- Quem se importa? Eu que não.
Percorri sua bochecha que por culpa da baixa temperatura estava gelada e depositei um beijo em seus lábios igualmente frios. Entreabrindo sua boca com a língua, usei o piercing para atiçá-la, gerando mais gemidos roucos que vinham de sua garganta.
Ekaterina colocou a mão em meu rosto, e se afastando, sorriu. Mas não antes que eu desse uma pequena mordida em sua bochecha.
- Percebi, além de abusado é louco - sua garganta subiu e desceu, o rosto avermelhado pela excitação ficava quente e os dentes puxavam os lábios sem parar.
Ela com certeza ia pagar muito caro por me deixar tão duro.
- Louco? Andou conversando com o Nathan? Não acredite em nada que ele disser, aquele ali tem um excesso de purpurina na cabeça - devolvi sua afirmativa com ironia e ela não resistiu. Soltou uma risada e olhou para baixo, colocando a mão revestida pela luva de lá sobre os olhos.
- Não acredito que você existe - proclamou como se eu fosse alguém impossível de se existir.
- Pois sou mais do que real, pode tocar para comprovar. Mas eu prefiro que faça isso com a sua língua.
Ekaterina balançou a cabeça e meneou a sobrancelha antes de se desvencilhar dos meus braços. A touca em sua cabeça deixava pouco de seu rosto de fora. Os fios escuros e compridos de seus cabelos chacoalhavam com a brisa e os olhos verdes, dilatados e fixos, faziam um raio-x de mim.
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SEDUÇÃO FATAL [HIATO]
Romansa[+18] Dispa-se de todas as algemas e vista-se da liberdade de ser quem e o que desejar. ▪▪ Dylan Travis cresceu sabendo que nada em sua vida era ordinário. Com um pai autoritário e exigente, uma família que coman...