1 °

23K 534 71
                                        


A música estava alta.. Alta o suficiente para todo o morro escutar.

Havia várias pessoas bêbadas sorridentes... dançando, cantando e até mesmo se pegando no meio desta quadra.

Olho ao meu redor vendo no mínimo uns quinze caras armados acompanhados de "suas mulheres"... Dentro deles estava o Gustavo... O homem da minha vida.

Sorriu o olhando.

— Tu veio morena. — ele vem até a mim assim que adentro o camarote.

— Não estava afim, mas com um convite vindo de você é muito difícil eu negar. — Sorriu o abraçando, sem me importar com os olhares que se direcionem a nós. — Como você está? — me afasto dele o olhando, vendo se de fato ele está realmente bem.

— To tranquilão e tu? — ele diz ao me puxar pra sentar com ele em um dos grandes sofás que havia por aqui.

— Estou bem.. Só estava preocupada.. Eu vi os jornais e...

— Tudo ocorreu bem falo? Esses vermes não conseguiram roubar meu morro não.

— É.. Fico feliz.. Que esteja feliz. — Sorriu e sinto seus lábios em meu pescoço... O que faz com que eu me arrepie no mesmo instante.

— Bora lá pra casa? — Ele diz ainda com seus lábios sobre minha pele sensível.

— Mas.. Mas já?

— Quanto antes melhor. — ele me puxa.. Nós levando até a saída da quadra.

(...)

Vocês devem estar se perguntando quem somos nós.. Não?

Bem.. Eu sou Manuela Cooper, tenho exatamente 17 anos e moro junto de meu pai no Leblon.

Muitas pessoas já me perguntaram.. "o que uma menina como você está fazendo com um menino como ele?" .... E sabe, eu nunca tive uma resposta certa para isso.. Aliás eu e Gustavo nem ao menos namoramos.

Estamos.. Digamos que "ficando".

A exatamente três meses..

Mas fiquem tranquilos, eu irei contar exatamente tudo que aconteceu....

( Meses antes )

Trimmmm...

Oh  não esse despertador outra vez... Pego o mesmo o jogando contra a parede, para que assim o barulho acabe de uma só vez. Reviro os olhos ao olhar que quebrei o mesmo. DROGA. Pego em meu celular, o mesmo que estava em cima da escrivaninha, vejo que são exatamente 11:00h.

O que faz de mim acordar nesse horário por conta de um despertador sendo que hoje é sábado? Céus.. Que raiva.

Ouso algumas batidas contra a porta.. Então me cubro completamente já temendo por quem seja.

— Minha filha? — ouso a voz da Dolores o que me faz sorrir ao tirar a coberta que me cobria — Está se escondendo de quem? — ela fala sorrindo o que me faz negar e me levantar.

— Não pensei que fosse você.. — falo pegando em meu roupão.

— E achou que fosse quem? — ela fala ao pegar algumas de minhas roupas sujas do cesto.

— Brendon.. — falo desanimada lavando meu rosto e me encarando no grande espelho que havia aqui em meu banheiro.

— Não se preocupe.. Ele não virá mais, não que você não queira.. — ela me lança um sorriso acolhedor e eu concordo.

amor proibido [morro] Onde histórias criam vida. Descubra agora