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Derek Cooper

ela atendeu?

Dolores pergunta pela quinta vez, em apenas meia hora.

Nego, já sem paciência.

— não temos mais o que esperar, temos que acionar as polícias.

Meu pai fala pegando em seu celular.

O olho.

— Está louco? Vai falar o que pra eles? Que minha filha de 17 anos fugiu de uma casa que tem mais de vinte homens na segurança e nenhum deles a impediu... Que ela fugiu pra ficar com um traficante de merda.

Digo com raiva.

Na noite seguinte que manuella fugiu, ela me mandou uma mensagem.

Não só para mim, como para Dolores também.

Doeu muito ler aquelas tais palavras.

Pai.. Primeiramente quero te pedir perdão, não por estar fugindo, mas sim por não ter sido a filha exemplar que você tanto sonhou... Me perdoa.
Eu não queria que as coisas fossem assim, desse jeito.. Juro que não queria.
Por mim eu estaria aí com o senhor e com a Dolores... Mas só que se eu escolhesse ficar aí, teria que escolher ficar longe do Gustavo. E é algo que eu realmente não posso.
Eu o amo. E eu precisava viver isso, viver com ele.
E sei que você nunca permitiria, então sinto muito por te desapontar...
Eu amo o senhor pai, nunca duvide desse meu amor por você. Apesar de tudo sempre estarei orando por você.
Fique com Deus.

Ah.. Por favor, não venha atrás de mim, a não ser que seja para me apoiar.

Manuella.

Minha menina havia me deixado, por causa de um homem.

De um traficante.

Mas eu iria a tirar ela de lá.
Mas é claro que irei.

— O tempo está se fechando. Temos que trazer manuella para casa, antes que a imprensa fique sabendo. Você parou pra pensar como seria? Se a porra da imprensa saber e ferrar com sua carreira.

Meu pai fala, e disca o número de alguém.

— Rubens saberá o que fazer.

Ele fala e assim que o policial atende, ele fala com o mesmo, explicando a situação toda.

Depois de minutos ele vem até a mim.

— Sabe onde aquele traficante de merda mora? Em qual favela?

Nego.

Olho Dolores, e a mesma nega de imediato.

— Manuella tem amigas, talvez elas saibam.

Digo por fim. O vendo pegar o celular novamente e discar o número da Ravena.

A mesma atende no segundo toque.

Senhor Walter...

— Vamos ser breve.. onde o maldito traficante mora?

Ela fica em silêncio por alguns instantes.

— Querida é pra agora.

— É.. Eu.. É.. Não sei.

— como não sabe? Você que arrastou minha neta pra aquele morro de merda.

— Eu não sei do que esta falando...

— Ravena.

Puxo o celular da mão do meu pai e falo com ela.

— Precisamos de ajuda, queremos apenas conversar com manuella, nos certificarmos que ela estará bem.

E mais uma vez ela fica em silêncio, depois ela solta um suspiro.

— Promete não a machucar?

— Eu nunca faria isso.

— Ela está no morro do alemão.

Ela apenas diz isso.

Então meu pai desliga a ligação sem dizer mais nada.

— Gustavo, alemão. Isso era óbvio.

Ele diz discando em seu celular.

— Amanhã mesmo manuella estará aqui.

Ele reforça a ideia que tem em mente.

Suspiro.

Que assim seja.

Por bem ou por mal.

Manuella estará aqui amanhã.


Continua...

Achei muito bom, ter a narração do pai da manuella nesse capítulo.

Pois assim nos próximos capítulos entenderemos melhor tudo que irá acontecer.

Bom espero que estejam gostando.

Até o próximo
Bjs

amor proibido [morro] Onde histórias criam vida. Descubra agora