amor proibido [morro]

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Juliana Dias

Sou a nova moradora do complexo do alemão

Moro aqui a poucos dias. Mas já amei o lugar.

Além de ser bem confortável e ter uma paz sem fim.
Aqui o que não falta é homem bonito.

Tem homens de todos os tipos, acredite.
Mas apenas um chamou minha atenção.

O dono do complexo.
O alemão.

— Olha ele ali.

Kátia uma prima minha diz assim que vê o Alemão subindo a ladeira.

Olho pra ele, já arrumando meu cabelo.

— Acha que um dia ele me nota?

Kátia ri.

— Ele tem dona Juliana, sai dessa.

Ela nega com a cabeça, ainda com seus olhos sobre ele.

— Poxa.

Eu sabia que a poucos meses ele havia assumido uma "fiel"
Mas qual é todos sabemos que ele não é fiel com ela.

Ela pode ser a mina mais linda do morro, homem não nega buceta.

— Alemão..

Ouvimos alguém chamar ele. Olho na direção da voz e é a Estefani.

Mas conhecida como a puta do complexo.

Odeio ela.

Eles conversam em poucas palavras, e ele segue seu rumo.

Fico olhando ele subir o morro. Que homem meu Deus.

Que perdição.

— Tá olhando o que? Querida.

Olho pra Estefani pra ter certeza se ela estava mesmo falando comigo.

— Nada. Apenas o movimento.

Digo a encarando.

— Espero mesmo.

E eu chego até mesmo rir.

— É desculpe a pergunta mas o que você é dele?

Digo segurando o riso.

— em breve a fiel.

E ela sai rebolando.

Eu e Kátia caímos na risada.

— Ela é loka.

Kátia diz ainda rindo.

Concordo.

Mas eu também era.
Eu também queria ser dele.

Então eu não a culpo por dizer aquilo.
Aliás quem não queria o Alemão?

Manuella era uma mina de muita sorte. Oh se era.

(...)

Chego em casa, minha mãe estava deitada sobre o sofá.
E mais uma vez ela estava adoecida.

Vou até ela.

— Está bem mamãe?

Ela abre os olhos calmamente e me lança um sorriso.

— Estou.

Essa era uma das mentiras que ela mais me contava.

Que estava bem.

— Vou ir comprar alguns remédios que o doutor receitou. Eu não demoro. Já já a tia Clau estará aqui.

Ela concorda, sorriu beijando o topo de sua cabeça.

Vou até nosso pequeno quarto, e pego as últimas notas que tínhamos.

Já estávamos sem dinheiro algum. Céus.

A olho pela última vez e saiu de casa. Indo em direção a farmácia mais próxima daqui do morro.

Estava andando distraída, olhando pro nada quando sem querer me esbarro em alguém.

Olho pro alto, e meu coração chega até mesmo a acelerar. Minhas pernas tremem. E eu fico sem reação alguma.

Era ele.

— Ih fia olha pra onde anda rapá.

Sua voz rouca me faz despertar.

Recuo dando alguns passos para trás.

— É.. Me.. Me desculpe eu..

O encaro e chego até mesmo me perder em seu olhar.

Aquele azul. Aquele olhar tão lindo.

Ele me olha mais uma vez e depois sai andando, como se nada tivesse acontecido.

E eu fico lá, paralisada. Com o coração na mão.

Juliana Dias 19 anos.
"Tantos olhares me olhando e eu querendo o seu 🙈💕"

Continua...