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— Dolores.. — a chamo assim que adentro minha casa.

— Manuella minha filha.. Já estava ficando preocupada. — ela sorri ao me ver.

— Dolores, essa é a Gabi minha amiga. — Dolores vai até ela a abraçando.

— É um prazer conhecer você.. A Manu fala muito de você.

A vejo sorrir.

— Dolores tem como você falar pra Cintia preparar algo para nós comer?

Ela concorda indo pra cozinha.

— Fica a vontade. — olho pra Gabi, a mesma que olhava curiosamente para cada canto da minha casa.

— Aqui é lindo..— Gabi para no meio da sala e me olha — E seu pai? Ele não vai...

— Não se preocupe, ele não vai falar nada. Aliás nem em casa ele está.

Ouso o toque do meu celular, então o atendo já sabendo quem é.

onde tu tá? — ouso sua voz rouca ecoar pelo celular.

— Em casa. Oxe.

— A mina do menor tá aí contigo?

Penso em negar, mas seria pior.

— Tá.

— Trás ela.

— Ela não vai. É aqui que ela quer ficar.. Pelo menos por enquanto.

— O menor que trocar um lero com ela. A mina é dele poh.

— Fala pra ele tomar vergonha na cara, esse sem postura bateu na mina dele na frente de todos, ele não merece ela. E se ela não quer voltar com ele. Eu vou apoiá-la e não vai ser ele e nem ninguém que vai dizer do contrário.

— Ih.. Para de k. O. Não se intromete em briga de marido e mulher não poh.

— Ela é minha amiga Alemão. Agora se me dá licença eu vou comer.

— Não terminei de falar contigo caralho.

— Mas eu sim.

Desligo na cara mesmo.

Acha que é quem? Eu hein

Só porque é parceiro daquele lá, acha que ele tá certo.

Mo ideia errada.

— era o alemão?

Gabi me encara.

Apenas confirmo.

— O Lucas ele..

— Ele não vai vim aqui. Fica tranquila.

— Ele não... nem pode.. Se ele vim.. Céus ele irá preso e...

— Calma.. Gabi, está tudo bem. Não vai acontecer nada.

A vejo se sentar no sofá inquieta.

— Está arrependida de ter vindo?

Ela nega de imediato

— Não é isso... Só que.. Eu conheço o Lucas e sei do que ele é capaz.. Ele não vai deixar isso quieto, ele não vai simplesmente me deixar ir assim.

— E você acha que isso seja ruim?

— Por mais que eu queira que ele venha e me peça desculpas... Eu não posso simplesmente o perdoar, não depois de tudo isso. Ele nunca ágil assim comigo, mas também não é porque seja a primeira vez que tenho que passar a mão na cabeça.

— As coisas aconteceram um tanto rápidas.. Mas você tem tempo o suficiente para pensar. Para ver o que realmente quer fazer.

Ela concorda sorrindo de leve.

— E você e o Gustavo?

Mordo meu lábio.

— Eu não sei.. Acho que não existe um "nos".

— Mas você o ama.. Não?

— Estou aprendendo a lidar com meus sentimentos.

— Gustavo é cabeça dura.. Mas de uma coisa tenho certeza, ele tá amarradão em tu.

A olho e não posso conter o sorriso que ameaça surgir em meus lábios.

Quem eu quero enganar? Gustavo já estava fazendo parte do meu ser.

Já era amor.

Sempre foi.

Continua...

amor proibido [morro] Onde histórias criam vida. Descubra agora