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Alemão narrando

— Manuella???

Digo assim que me aproximo da sala, mas ela nem Kauan estavam por lá.

Subo as escadas, pulando de dois em dois degraus.

E vou até nosso quarto, e  mais uma vez nada.

— porra..

Digo, e a vejo sair do quarto do Kauan.

Ela fecha a porta, e me encara.

— tudo bem ?

— porra não. Não tá nada bem nesse caralho.

Digo rude, e vou até nosso quarto.
Tiro minha camisa e a jogo no chão.

— o que aconteceu?

Ela diz se aproximando.

— Quando ia contar o lance que aconteceu com a vadia da Estéfani? Colfoi porra ia ficar calada mesmo?

Ela me olha e arregala os olhos.

— É.. Eu... É

— Fala porra! quando ia me  contar essa porra?

Digo alto.

— calma Gustavo, fale baixo não quero que o Kauan acorde...

— Caralho quando você ia me contar essa porra? Manuella.

— Eu não sei... Gustavo.. eu não podia, desculpa. Mas eu simplesmente não me permitia te contar, eu sei como você é, eu sei que você iria matar ela.

— Colfoi CARAÍ. Eu vou matar ela manuella, eu vou matar ela.

— Gustavo ela já se foi, não a nada mais para se fazer.

— Nada mais? Claro que a porra, vou caçar essa vadia nem que seja no inferno. Essa porra vai aparecer e quando aparecer eu vou matar ela.

— Não.. Não.. Gustavo. Não.

— colfoi caraí ela teve haver com o fim da nossa cria. Porra.

Eu tava muito bolado. Que caraí.

Manuella já chorava. Porra.

— eu sei que teve.. Mas você não entende... Uma semana depois do ocorrido, a mãe dela veio chorando falar comigo, pedindo misericórdia, pedindo que eu não te contasse nada, ela não quer perder a filha Gustavo. Sua única filha!

— E por causa daquela vadia nos perdemos nosso primeiro filho. Por causa daquela vadia NÓS PERDEMOS NOSSA CRIA, ACHA JUSTO MANUELLA? COLFOI CARAÍ NÃO ME TONTEA NÃO!

— Justamente por isso. Eu não quero ser igual ela. Eu não quero desejar sua morte, como ela já desejou a minha. Gustavo olha pra mim... — digo pegando em seu rosto — matar ela, não trará nosso filho de volta.

— Tô pouco me fudendo pra isso.

— Amor.. Lá naquele quarto — aponto pro quarto do kauan — tem uma criança, o nosso filho. Ele precisa de nós, ele precisa de amor e carinho. Não de ódio.. Deixa essa garota de lado, deixa ela onde ela está, eu não quero voltar a vê-la, assim tá ótimo.

— porra... eu não vou te prometer nada tá ligada? Se aquela filha da puta cruzar meu caminho, vai ser poucas vou logo arrastar pro quartinho da tortura e boa!

— promete que não vai procurar ela?

Olho pra ela, eu sei que ela não deixará esse assunto terminar até eu prometer.

Então, eu apenas confirmo.

Mas é claro que não deixarei Estéfani na boa.

Irei achar ela, e quando achar.

Matar ela da forma mais dolorosa possível.

G5 narrando

(....)

Já fazia alguns dias que eu abandonei o tráfico. Tava até a procura de um trabalho digno, mas te falar, tá difícil pra caraí.

A pretinha sempre me incentiva, por ela que ainda não desisti.
Se pah logo menos tamo com um trampo dahora. E digno, sem esse lance de armas e drogas!
Sem essa vida errada que tava levando.

Alemão foi parceiro, me apoiou na minha escolha, ainda me deu uma grana de quebra.
Te falar PARCEIRINHO MIL GRAU.

Ele e os caras, são fodas!

Tô guardado uma grana, quero fazer uma festança. Pro meu casamento com a pretinha, vai ser coisa simples, mas de coração!!

...

Tava subindo o morro, indo pra casa. Mas um dia cansativo, fiz um bico de pedreiro na casa da dona Solange, a grana não é muita, mas tudo que tá vindo é bem vindo!

Não que eu esteja passando fome, mas tô precisando de grana pro meu casório mané!

Alemão quis dar, mas o que ele já deu um dia, foram suficiente.
..

— TÃO INVADINDO PORRAAAAA.

G3 grita, soltando os fogos.

Olho pros lado, vendo os moradores correndo pras suas casas.

Não sabia se corria pro meu barraco ou corria pro beco e pegava uma arma e ia pra luta.
Como sempre foi.

Mas agora é diferente, eu não tô mais nessa vida do crime.

— Sai daí G5. Cai fora.

Ouso um sussurro vindo de trás de um muro. Me aproximo reconhecendo o cara.

— WL. Que que tá pegando? Tão invadindo?

—sim porra. Os canas tão vindo com tudo, alemão deu o papo pra todo mundo ficar na contenção, se eles vim é pra meter bala. Vitória na guerra!

Olho pros lados vendo o som dos tiros aumentar.

— da uma arma aí. Tá tendo?

— certeza?

Respiro fundo.

Eles precisam de mim.

— certeza!

Ele joga uma pistola pra  mim.

— fica esperto, eles tão por perto.

Ele diz e sai correndo, indo pro outro beco.

Vitória na guerra, é isto!

Continua...

amor proibido [morro] Onde histórias criam vida. Descubra agora