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Todo mundo correndo.
Era uma enorme multidão.

Todos indo onde Isaque estava.

Sinto uma dor enorme, só de pensar no que pode ter acontecido com ele.

— todos os coxinhas estão mortos.

WL diz assim que passa ao meu lado.

Olho pro Chris e continuamos andando.

Vejo de longe a Rafa sobre o chão. Gritando.

Meus olhos se enchem de lágrimas imediatamente.

— ISAQUE POR FAVOR NÃO VAI... POR FAVOR NÃO ME DEIXA MEU AMOR.

abaixo meu olhar, já sentindo as lágrimas sem fim cair.

Eu não podia acreditar naquilo... Isaque não podia ter partido assim.

Dona Márcia estava sobre o chão, ao lado do corpo do filho.

Era horrível ver aquela cena. Era de se cortar o coração.

Me aproximo indo de encontro com dona Márcia.

Me ajoelho ao seu lado, e a puxo pra um abraço.

Ela chora em meu ombro.

— por que? Meu filho ...

Eu sabia a dor que ela estava sentindo.

A dor de se perder um filho!
É a pior dor do mundo! A pior.

Olho o irmão menor do Isaque, chorando ao lado de sua mãe.

Depois de abraçar dona Márcia, o abraço.

— eu sinto muito... Eu...

Não tinha palavras para dizer.

Vou até a Rafaela, e ela já me abraça.

— ele se foi... Manu.. O Isaque se foi, e tudo por culpa do meu pai ...

Exatamente como um dia meu pai veio até aqui, para tirar a vida do Gustavo...
Graças a Deus no final tudo deu certo!
Mas agora que a história se repetiu, infelizmente o Isaque não resistiu.
Mas com certeza ele se foi porque Deus precisava dele. Isaque era um verdadeiro anjo.

— eu sei que está doendo... Que essa dor é sem fim.. Mas peço que fique bem, pelo nenê que está em seu ventre, ele mais do que ninguém precisa de você nesse momento.

Digo entre lágrimas.

Eu também sentia muito...
Isaque sempre foi muito bom para mim.
E pro Gustavo.

Meu Deus.. O Gustavo.

Depois que falo algumas coisas pra Rafa.
Deixo o Chris lá e vou até onde estão os meninos, todos  de cabeça baixa.

Me aproximo deles.

— vocês viram o Gustavo?

Digo vendo que G3 estava sentado no chão. Chorando.

— ele foi pra boca.

Menor diz, ainda de cabeça baixa.

Olho pra eles mais uma vez e vou até o G3.

— ele era meu parceiro..

Ele diz assim que eu abraço ele.

— porque eu não cheguei antes? Porque não meti bala nesse caras antes?

Ele se lamentava.

E eu sem palavra alguma apenas o abracei.

— eu sinto muito...

Digo. Eu realmente sentia.

G5 já era uma pessoa muito importante para mim.

...
Troco mais algumas palavras com o G3 e vou até onde Gustavo está.

Entro na boca já tendo visão da casinha onde ele estava.

Bato duas vezes na porta e abro a mesma.

Vejo que Gustavo não estava onde ele costumava ficar. Estava prestes a desistir de o procurar lá quando sinto um cheiro forte de maconha, vindo do quintal do fundo.

Abro aquela porta de vidro, vendo Gustavo encostado na parede fumando seu beck.

— Estava te procurando..

Digo me aproximando.

Ele sem sequer me olhar diz.

— porra... deu tudo errado morena.. Tudo errado e a culpa é minha.

Nego indo pegando em sua mão.

— Não. Claro que não, você não tem culpa alguma disso. Ninguém tem além do próprio assassino do Isaque!

Ele nega, agora me olhando.

— íamos partir pra cima daqueles coxinhas, mas por culpa de um erro não conseguimos chegar a tempo...

Olho pra ele, meio que não entendendo nada.

— Como? Me explica direito isso?

— Tava tudo esquematizado. Nos ia meter bala em todos os PMs pra poder liberar o G5, mas o Rato que tava na vigia mandou o papo errado, o filho da puta atrasou nós.

Gustavo joga seu cigarro de maconha no chão e me olha, seus olhos estavam vermelhos.
Não sei dizer que era por conta da droga, ou se ele estava realmente chorando a minutos atrás.

— porra mano G5 era meu parceirão de anos... Poh cara vai tomar no cu.

Abraço o Gustavo de lado.

— eu vou matar aquele rato.

Nego

— Amor... O que menos queremos agora é mais uma morte.. Por favor não faça nada.

Ele me olha mas nada diz.

— eu te amo tá... E tudo vai ficar bem... O Isaque está em um lugar melhor..

— porra...

Ele me abraça forte

— te amo pra caraí.. Não sei o que seria de mim sem tu.

Sorriu em meio de lágrimas.

— Vamos pra lá? Elas precisam de nosso apoio!

— bora.

Gustavo pega em minha mão e caminhamos até a saída do beco.


Continua...

amor proibido [morro] Onde histórias criam vida. Descubra agora