amor proibido [morro]

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Alemão narrando

Nem sei quantos dias já estou aqui.

Não sei de mais nada. Nem quando é dia, nem quando é noite.

Desde que cheguei nesse caralho me mandaram pra solitária.

Nem comer tô comendo. Tô mó piradão.

Com os pensamentos na morena.

Só nela.

Mano pode pah que quando eu sai daqui, eu vou matar todos esses filhos da puta que ponharam as mãos em mim.

Ouso um barulho, alguém estava se aproximando. Me sento melhor sobre aquele chão sujo e gelado, até que abrem a porta.

— Levanta.

Me levanto, vendo dois pms em minha frente. Armados até os dentes.

Eles me algemam e me guia pra fora daquele quarto que eu me encontrava.

Meus olhos chegam até arder com a luz do sol invadindo aquele corredor.

Andamos alguns minutos, até chegar próximo às celas.

Eles tiram a algema de mim, e me jogam lá dentro. Bando de cornos.

Olho ao meu redor, vendo vários caras...

Alguns no sol, outros dentro das celas.

Passo por eles e vou direto onde eu ficaria.

Entro na cela cinco.

Já vendo dois caras fumando cigarro e conversando. Eles me olham.

— Te conheço.

Um deles fala.

— Sei não.

Digo no mesmo tom.

— Alemão? Lá do complexo.

— Esse memo.

— Parceiro do Necão. Tô ligado quem é.

O outro diz e vem me comprimentar.

— Sou Perigo. Lá da rocinha. Satisfação.

— Satisfação.

— E esse aí é o Terror.

— Satisfação parceiro.

O cara fala.

— Mas eai tá aqui porque?

— Me pegaram. Um confronto, esses filhos da puta queriam eu. E conseguiram mas por pouco tempo. Já já tô mandando daqui.

Digo me sentando.

— Como?

— Faço meus corres.