amor proibido [morro]

24

— Amor? — ele ri — Amor? Você nem sabe o que isso significa garota.

Nego o olhando.

— Eu não sabia. Mas com ele. Com ele pai, eu aprendi. Agora eu sei o que é amor. Se sentir amada.

— Claro. Sendo uma VADIA.

Nego mais uma vez.

— Sabe o porquê sua vida é tão infeliz?

Ele fica em silêncio, então aproveito para responder.

— Porque você nunca amou de verdade ...sempre teve um bloqueio. Por isso minha mãe foi embora. Por isso ela te deixou.

Falo sem pensar. E recebo mais um tapa.

— Você não vai ver mais esse marginal.

— Isso não é você que decide.

— VOCÊ NÃO VAI VER MAIS ESSE MARGINAL.

ele grita.

O olho sem o reconhecer.

A que ponto chegamos...

Viro as costas e subo as escadas correndo.

Me jogo na cama.

Já sentindo as lágrimas em meus olhos.
Droga.

— Filha? — Dolores adentra meu quarto.

Levanto minha cabeça a encarando.

Em passos lentos ela vem até a mim

E me abraça.

— Ele me bateu Dolores.. Ele... Céus...

— Seu pai está sob efeito do álcool. Você sabe que ele nunca faria isso em sã confiança.

Eu sei?

Eu não sei de mais nada.

— Você o ama?

— É claro.. Ele é meu pai.

— Não.. Estou perguntando se ama, a pessoa com quem estava.

A encaro por vários segundos.

— Eu amo o Gustavo. Amo muito.

Ela dá um meio sorriso e me abraça.

— Então não deixe esse amor acabar por conta de seu pai. Por preconceito.

Concordo a olhando.

— Bom. Vou ir ver como as coisas estão lá embaixo. Quer que chame suas amigas?

Nego.

Elas estavam curtindo a festa.

Não quero atrapalhar ninguém.

— Ravena já ligou diversas vezes pra cá. Talvez seja uma boa ideia delas vim.

— Pode ser... Somente se elas não estiverem na festa.