Após acertarmos os detalhes e os ajustes finais, a noite de estréia havia chegado, o QUARTA HARMONIA finalmente abriria as portas. três meses tinham passado desde a minha chegada e os dois últimos foram de organização e dedicação total ao bar e Berta coitada, ainda tinha que se dividir entre a empresa e nos ajudar e olhando por esse lado, nós não poderíamos cobrar nada dela que já estava fazendo até de mais. Dinah e Nando combinaram que se o investimento desse certo, todos ali sairiam ganhando afinal trabalhamos juntos. Berta e eu não questionamos nada.
Eu só havia me dado conta do tempo que passou depois de falar com minha família, eu ligava pra casa todo fim de semana, preferi assim para evitar um bombardeio de perguntas e deixá-los ainda mais preocupados, tentava acalmá-los dizendo que estava tudo bem mais não contei sobre o bar, conheço bem o meu pai. Disse a ele que tinha conseguido um emprego mais que estava sempre buscando algo melhor e que pagasse mais e logo mandaria algum dinheiro, o que não deixava de ser verdade, omiti apenas o fato de que o trabalho era um bar e que ainda por cima estava em faze de teste e que não tínhamos garantias nenhuma, só expectativa.
Era sábado à noite e estávamos todos aguardando ansiosos caminhando de um lado pra outro dentro daquele ambiente, abriríamos hoje e foi difícil não ficar com os nervos a flor da pele. Tudo estava impecável, a fachada, a nossa decoração, a arrumação das mesas, as bebidas, o som, o cardápio...
Como só tínhamos quatro homens ali resolvemos deixar o numero da policia, bombeiros, e emergência medica ao nosso alcance para evitar qualquer contratempo ou problemas maiores de acontecer. Ah, eu tive a idéia de deixar entrar uma quantidade exata de pessoas, afinal o local não era tão grande assim e poderíamos controlar muita coisa inclusive que eles não invadissem o andar de cima que era nossa casa. Lipe ficaria na portaria fazendo a segurança até atingirmos o número de pessoas que estipulamos e o restante ficaria pra recepcionar e atender. Lipe depois viria pra nos ajudar e a verdade é que ninguém ali teria uma função só, éramos uma equipe e toda equipe que se presa trabalha junto.
- Dinah, tem certeza que fez a propaganda direito? - Nando pergunta
- Ah Nando, pelo amor de Deus eu trabalhei com meios de comunicação e publicidade por quase dez anos. Acha mesmo que não sei o que faço?
- Desculpe mamacita, é que nem os amigos que você convidou vieram.
- Os seus também não. -- Dinah rebate
- Vamos nos acalmar pessoal, ainda está cedo. – Marcos fala interrompendo os dois.
- E que horas são? – Berta pergunta.
- São dez e meia. – eu olho no relógio e respondo.
- Gente, nenhuma só alma viva lá fora. – Lipe entra nos deixando ainda mais desanimados.
Um silêncio ecoou por todo o ambiente, Bob havia baixado o som e veio se juntar a nós em uma das mesas, ora de cabeça baixa, ora olhando uns aos outros sem muita perspectiva, a essa altura já passavam das 23h00mi.
- Ah, qual é pessoal? Eu não trabalhei tanto para desanimar agora. Marcos? Pode preparar uns drinks? Vamos brindar a primeira de muitas noites de sucesso e vamos agitar esse negocio. LEVANTEM ESSAS BUMDAS DAÍ AGORA MESMO! – Nando fala sério. – Bob? Agora é com você, eu quero a melhor batida. – Bob assentiu pra ele com um sorriso cúmplice.
- Agora mesmo Nando – Marcos sai em direção ao balcão de bebidas.
- Nando tem razão gente. – Berta completa levantando e eu a acompanho em seguida.
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O Acordo
RomancePlágio é crime! Você acredita naquela máxima que diz que há males que vem para o bem? Natalie Alvarez descobriu da maneira mais inusitada que sim. Nessa contagiante e emocionante trajetória onde os heróis serão os mais improváveis, você vai entender...