O Acordo

A descoberta

Estava sendo difícil conciliar meus pensamentos, meu trabalho, minha descrição e a senhorita Alvarez. Por sorte essa semana nós praticamente não nos vimos na empresa, eu estava envolvido em reuniões dento e fora da construtora, o que me fez agradecer a Deus por isso, desde o aniversario de Marta que eu não parava de pensar nela, de como foi bom tê-la em meus braços, e de imaginar como teria sido beijá-la.

- Toc, Toc!

- Não acha que já está bem grandinho pra fazer esse tipo de brincadeira sem graça? – fito meu primo que caminha sorrindo em direção a minha mesa e praticamente se joga em uma das poltronas.

- É sempre bom brincar um pouco meu caro primo, você que está no mundo da lua por isso nem me ouviu chamar.

- Posso estar no mundo da lua mais o louco aqui é você. Me diz? Como se sente depois daquela vergonha que a prima da Natalie fez você passar? Soube até que você já pagou uma pequena fortuna em sapatos pra moça. – eu começo a rir.

- Não ria Mr. Freeze! Sou um homem de palavra. O que a moça ia pensar de mim? Além do mais estou caidinho por ela.

- Ela vai pensar o mesmo que as outras. Sua fama é horrível, Gustavo.

- Olha só... Falou o destruidor de corações! Ah e por falar em fama, já sabe o que estão dizendo de você e da Nath? – meu primo fala e o sorriso que estava em meu rosto vai desaparecendo aos poucos.

- E, o que estão dizendo?

- Que a sua assistente mal chegou e já está se dando bem com o chefe.

- O quê? – digo levantando da cadeira.

- Meu Deus... Calma aí! Eu e minha boca grande. Não sei por que te falo essas coisas? Você tem o pavio mais curto que cabelo em cabeça de careca.

- Chega de graça Gustavo, eu não quero ninguém pondo em duvida a conduta da minha assistente.

- Sossega Mr. Freeze! Eu já tratei de dar um jeito nisso. Eu e outra pessoa que pelo visto também ficou bem irritado com os comentários maldosos.

- De quem você está falando? Não me diga que...

- Adam. Ele ameaçou demitir todo mundo que estivesse falando mal dela aqui dentro e não importa o cargo que ocupe. Ele ficou furioso mais teve alguém que ficou mais ainda.

- Mais alguém?

- Sophia... Vocês tiveram ou tem alguma coisa?

- Eu não nada com ela.

- O comportamento dela diz o contrário. Ela parece gostar de você. Serio que nunca rolou nada?

- Sim, rolou uma vez. Mas eu sempre deixei claro da minha parte que aquilo foi um grande erro.

- E você nunca me contou nada?

- Eu não tenho que te dar satisfações da minha vida, Gustavo. E ela foi bem esperta planejando tudo. Lembra do congresso em que fomos para Portugal?

- Não brinca?!

- Pois é. Ela reservou os quartos no mesmo andar do hotel pra que ficassem vizinhos e durante a madrugada ela bateu em minha porta usando uma camisola sexy e uma desculpa esfarrapada. O resto você já pode imaginar.

- FIU! – ele assovia – Cara! Eu super entendo, se uma mulher como a Sophia aparecesse assim em meu quarto eu faria tudo, menos resistir a ela. O que você faz pra deixar a mulherada louca? Que segredo é esse?