Destilando sutilezas

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O aniversario de Marta tinha passado mais na empresa não se falava de outra coisa que não fosse fato de Jonatas e eu termos ido juntos a festa. Passei a semana inteira ouvindo cochichos e boatos pelos setores da construtora onde eu passava além de enfrentar os olhares tortos das funcionarias que veneravam Jonatas e Adam. Pois é, ricos, bonitos, cobiçados e a causa da minha dor de cabeça diária, dois homens que eram a combinação perfeita entre o sagrado e o profano dando doses homeopáticas de que tentar resistir a eles era uma missão quase impossível.

- Você deve estar se sentindo o máximo por ter acompanhado Jonatas na festa da irmãzinha dele não é mesmo?

Eu estava concentrada analisando uns dados financeiros na sala que agora eu ocupava a mando do senhor Almonte, quando Sophia entrou sorrateira jogando uma pasta em minha mesa pra chamar minha atenção antes que pudesse soltar seu veneno.

Dificilmente nos encontrávamos na empresa, só quando realmente era necessário e quando acontecia a Sophia não perdia a oportunidade para me atacar e deixar claro que eu não passava de uma intrusa, que eu não tinha chances com Jonatas e que o Adam só queria se divertir comigo como fazia com todas principalmente as ''funcionarias bonitinhas'' da empresa. Sophia era o que minha prima diz de pessoas ruins e invejosas como ela. Uma verdadeira ''Alma sebosa''.

- Senhorita Sophia, se veio destilar suas sutilezas escolheu um péssimo dia pra isso. Já que quer colher fofocas, por que não se junta aos demais? Afinal não se fala de outra coisa nessa empresa.

- Você não passa de uma dissimulada e sonsa, garota. Eu sei bem o que gente da sua laia quer, está enganada se acha que um homem como Jonatas ficaria com uma desclassificada como você. É a mim que ele quer, e é a mim que ele procura.

- Está perdendo seu tempo em me odiar tanto, acho que a senhorita deveria se informar melhor porque pelo que dizem, a sua cama não é a unia que ele procura, se é que procura! E se vocês têm alguma coisa é algo muito bem escondido, escondido até do próprio senhor Almonte porque eu nunca sequer ouvi nem ruídos sobre vocês dois.

- Você é muito petulante mais o que é seu está guardado, é só uma questão de tempo até Jonatas e eu tornarmos publico, pois é comigo que ele vai ficar. Logo eu serei dona e senhora da empresa e esposa de Jonatas e a primeira coisa que farei é acabar com a sua carreira e te colocar no olho da rua.

- Faço votos de que a senhorita consiga o quanto antes. Agora, se a senhorita não tem o que fazer, eu tenho e muito. Poderia me dar licença? – sou sarcástica.

- Eu entendo querida, não precisa se fazer de forte porque eu sinto longe o cheiro do seu medo, mas não se preocupe porque você tem um rostinho bonito, não vai ficar muito tempo desempregada. A ''eficiência'' que você ofereceu ao Jonatas, você pode oferecer a outros caso perca o emprego, o que vai acontecer sem duvida porque eu mesmo me encarregarei disso.

- Ohh, senhorita! Desculpe desapontá-la mais não sou ''eficiente'' como a senhorita imagina. Talvez por eu ter vindo do interior e não ter os mesmos costumes que as mulheres da cidade grande, como a senhorita por exemplo. Mais fica tranqüila porque não invejo a senhorita em nada e pode continuar sendo ''eficiente'' que logo o senhor Almonte vai perceber isso e dar o que você merece.

- Ora, sua... – ela ameaça me dar uma bofetada e eu seguro seu braço.

- Tome muito cuidado, Sophia. Eu não estou aqui para ouvir seus insultos e ficar calada. Eu não tenho medo de você. – nós nos encaramos e de repente a porta se abre.

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