A mudança

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Gente, é mais ou menos esse o tipo físico que idealizo para o personagem do Jonatas, mas a mente humana é muito fértil, então... Boa leitura!


Saí daquela sala e em momento algum eu sentia minhas pernas, tive uma boa seqüência de sustos para me sentir assim e o primeiro deles foi quando vi aquele homem e tudo que pensei foi: DEUS! A PERFEIÇÃO FÍSICA EXISTE!

Eu nunca tinha visto um homem tão bonito na minha vida e todo aquele ar misterioso em volta dele se misturando a uma beleza a qual não se pode comparar e sua superioridade e arrogância com seu jeito dominante completam um conjunto de ombros largos, pele clara, cabelos pretos, olhos verdes como esmeraldas, traços delicados, expressão séria e visivelmente cansada, lábios finos e rosados como se tivessem um batom natural ali e barba por fazer, mas não aparentando desleixo e tudo bem distribuído em 1,80 cm. Quando ele tocou minha mão com a sua e seu ar imponente me cobriu com todo seu tamanho apenas em um cumprimento fez com que eu me perguntasse onde estavam as minhas pernas? Eu sabia que estava de pé me apoiando em alguma coisa, só não sabia em que coisa, pois minhas pernas assim como minha sanidade tinham me abandonado covardemente. Eu nuca conheci muitos homens bonitos e pra falar a verdade, a definição de homem bonito que eu tinha eram os galãs de cinema e os homem que eram descritos nos livros que eu lia com devoção mais nenhum se comparava com ele. Não chegavam nem aos pés dele.

Quando ele começou a me questionar durante a entrevista usando de sua arrogância eu esqueci totalmente o decoro e o peitei, minha vontade era de esganá-lo, mesmo sabendo que ia esganar o homem mais bonito que já vi na vida e a poucos metros de mim. Eu não acreditava que estava diante de mais um canalha engravatado até que a entrevista foi tomando outros rumos e eu poderia até estar enganada mais parecia um jogo e eu não estava disposta a perder, afinal eu já tinha perdido muito e estava prestes a perder mais e se aquele babaca lindo e de olhos verdes achou que ia me subjugar e humilhar ele estava enganado, mais muito enganado. Eu perderia minha primeira chance em meses mais não perderia minha dignidade.

Quando eu educadamente tinha mandado aquele homem e seu estágio ou emprego, sei lá o quê, irem às favas e depois dele abertamente me chamar de abusada e atrevida, sou pega de surpresa.

- Senhorita? Eu ainda não acabei.

- Mais eu sim.

E só quando ele quase gritou pedindo pra eu esperar foi que eu pude entender que eu havia causado nele um grande impacto, talvez jogar algumas verdade naquela cara linda trouxe seu senso humano de volta. Apesar de ter ficado puta com aquele idiota eu precisei engolir meu orgulho e me deixei envolver por nosso jogo de palavras e aquilo estava parecendo uma espécie de flerte que eu ainda não tinha decifrado, ou apenas criado na cabeça por estar diante de tamanha beleza. Tomei fôlego, busquei foco e decidi ficar, eu estava parada na frente de um homem seguro e que não aceita recusas enquanto que eu sou apenas mais uma jovem desesperada por um emprego como aquele para ajudar minha família que precisa desesperadamente de mim agora.

- Nath? Você está bem? Você está mais branca que papel. O que aconteceu? – Berta segura minha mão e começa a me abanar com os papeis que ela segurava no momento.

- Eu acabei de ter a experiência mais louca e incrível de toda minha vida.

- O que houve?

- Eu discuti com seu chefe. Bom, na verdade ele entendeu as coisas que eu disse como desaforo.

- Jesus Cristo, você enlouqueceu? – Berta tomou o copo de água que eu segurava e tomou um gole, ela estava mais nervosa que eu agora.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora