Perdoem os erros e boa leitura!
A primeira coisa que fiz na manhã seguinte assim que abri os olhos, foi ligar pra uma floricultura para encomendar flores, chocolate, até bichinhos de pelúcia eu acrescentei. Dei ordens expressas para que alguns fossem enviados para a casa da Nath e outros para o escritório. Eu acordei disposto a mandar até o papa caso fosse necessário, mas hoje essa garota iria me ouvir.
Eu ainda estava deitado quando fiz tudo isso, pois a chuvarada que tomei com certeza foi a responsável por eu estar me sentindo indisposto, mas nada que um anti-gripal e vitaminas C não resolvam esse probleminha, e também não vou negar que estava contando com a ajuda da Dinah, mesmo ela tendo me ameaçado. Mulheres são verdadeiras feras quando estão defendendo umas as outras! Sem mais delongas, resolvi levantar e começar a agir, mas esse foi o problema, pois o máximo que consegui foi ficar de pé. Minha visão ficou turva, senti duas pontadas nas têmporas, minha cabeça rodopiou e eu não vi mais nada, absolutamente nada. A única coisa que lembro foi de ter segurado em algo, na verdade de ter batido em algo.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo e tampouco sabia onde estava mesmo aquele lugar sendo tão familiar. A impressão que eu tinha era de estar sonhando mais uma espécie de saudosismo logo me fez descobrir que lugar era aquele. Era a pequena casinha onde morei com meus pais quando criança. Uma casinha singela rodeada de plantas e que tinha como plano de fundo algumas árvores frutíferas. Eu caminhei por entre as plantas me sentindo como aquele garotinho de 12 anos que corria para os braços da mãe quando voltava da escola, mas tinha algo diferente ali. Talvez fosse o fato de eu não ser mais aquele garotinho e de não ter ninguém além de mim.
Caminhei mais um pouco e encontrei um senhor, ele trabalhava construindo alguma coisa, na verdade ele estava trabalhando na casa reformando algo, mas quem era ele e porque estava ali? Ele estava de costas e eu não o reconheci.
- Bom dia!
- Oi campeão! – o homem respondeu.
Aquela frase... Era assim que meu pai dizia quando eu voltava pra casa e o encontrava nos dias em que ele não trabalhava, ele sempre aproveitava para fazer algum reparo em nossa humilde casinha, porém, muito aconchegante. Será que era ele? Não, eu teria reconhecido ele em qualquer lugar.
- Olá meu rapaz, como foi o seu dia hoje? Não quer ajudar o seu velho? – outra frase conhecida e então eu não tive mais duvidas de que apesar de estar diferente era ele ali.
- Pai...? Meu Deus! Eu não reconheci o senhor. Você está diferente.
- Não, não sou eu quem está diferente, filho. Olhe só você? É um homem agora.
- Pai... Eu... Perdoe-me! – eu digo e ele vem ao meu encontro sorrindo e me abraça.
- Filho, por que está chorando? Eu não tenho que te perdoar de nada.
- Não é verdade! Eu te devia isso, mas ela está morta agora e eu não pude fazer nada.
- John, você cumpriu seu dever até o ultimo momento e continua cumprindo até hoje cuidando da nossa filha como se fosse sua, mas está na hora de você se perdoar, esquecer o passado e começar a viver. Nós estamos bem e orgulhosos de você, sua mãe está feliz por você ter se tornado o homem que ela esperava John. Meu filho, nem sempre as coisas acontecem da forma que a gente espera mais todas elas tem um propósito. Sua mãe e eu estamos felizes aqui e continuaremos assim até o dia em que todos nos encontraremos novamente.
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O Acordo
RomancePlágio é crime! Você acredita naquela máxima que diz que há males que vem para o bem? Natalie Alvarez descobriu da maneira mais inusitada que sim. Nessa contagiante e emocionante trajetória onde os heróis serão os mais improváveis, você vai entender...