Recebendo os convidados

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Estava indo tudo bem até essa maldita dor de cabeça me perturbar de novo, essas dores estão ficando cada vez mais freqüentes, também, com tantos problemas para resolver é praticamente impossível não sentir. O fato é que elas estão ficando mais fortes e o remédio que tomo pra enxaqueca não está surtindo o efeito esperado e pra piorar ainda mais, não estou dormindo. Eu evito tomar os remédios pra dormir porque eles me dão pesadelos horríveis e tudo que não preciso agora é preocupar minha família com essas coisas. Só espero que o remédio que tomei agora faça efeito rápido, Natalie está aqui com os amigos e minha família parece feliz. Não vou estragar esse momento.

Fui ter com os convidados e nunca vi a sala de jantar da minha casa tão cheia e barulhenta, todos estavam entretidos em uma conversa animada que logo se calou com a minha chegada

- Chegou quem estava faltando. – Gustavo diz

- Bem, já estou aqui. É bom vê-los de novo, para mim é uma honra tê-los aqui em minha casa. Espero que estejam sendo bem tratados.

- Nós é que nos sentimos honrados e agradecemos o convite. – Dinah fala.

- Verdade senhor Almonte, sua casa é muito bonita. – Berta concorda

- Obrigada meninas. Já disse uma vez e volto a repetir que a Natalie e os amigos dela são mais do que bem vindos nessa casa. – eu olho pra Natalie que abre um pequeno sorriso.

- Isso quer dizer que podemos voltar outras vezes? – Nando pergunta.

- Claro que sim, e agora que sabem o caminho podem vir sempre que quiserem e não precisa esperar convite pra nos visitar. As portas da minha casa sempre estarão abertas pra vocês.

As palavras que eu disse parecem ter agradado todo mundo, bastava ver seus rostos de satisfação, o almoço foi servido e começamos a comer em uma conversa agradável. Eu observava Natalie o tempo todo, ela ria de alguma coisa que minha irmã falava, Berta trocava receitas com minha tia enquanto Dinah ria das investidas de Gustavo, já os outros rapazes inclusive mais um que acabei de conhecer conversavam sobre qualquer coisa que acabei nem prestando muito a atenção porque ela era totalmente voltada para Natalie. De repente nossos olhares se cruzam e eu timidamente ergo minha taça para ela que retribui o gesto, eu senti a mão de minha tia tocar meu braço em um carinho leve desviando minha atenção.

- Está tudo bem, filho? – minha tia pergunta.

- Está sim, tia. – eu respondo e volto a olhar pra Natalie.

- Ela é uma garota incrível mesmo. Agora entendo seu fascínio por ela e faço muito gosto.

Minha tia continua a falar e eu não digo nada, apenas sorrio em resposta. Tia Vero me conhece bem e seu comentário me deixou feliz, Natalie mesmo não tendo nada comigo é a primeira mulher que minha família aprova. Parece que a senhorita Alvarez ganhou uma torcida e tanto...

Terminamos o almoço e pedimos desculpas por não poder demorar mais com eles prometendo que a noite seria diferente, pois tínhamos um trabalho nos aguardando que não podia esperar e claro que dizer aquilo gerou protestos de todos, principalmente da minha irmã, mas como eu já tinha dito anteriormente, Natalie seria só minha e eu realmente não queria dividir a companhia dela com mais ninguém, ainda mais depois do nosso quase beijo. Eu não estava nem ai com o trabalho, só queria mesmo era ficar mais tempo com ela, só com ela.

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