O dia já tinha nascido e presenteado com seus primeiros raios de sol o ser humano que mal tinha pregado os olhos na noite anterior, eu. Dormi muito pouco por estar ansiosa e levantei-me cedo para me arrumar e ir encontrar com Jonatas, naquele momento estava passando mil coisas em minha cabeça, e eu só me perguntava que loucura foi essa que minha vida havia se tornado?
Eu dei uma ultima olhada no espelho e já estava mais que pronta, eu optei por uma calça jeans azul clara, uma camiseta de seda branca, um cardigan cinza claro um pouco mais cumprido que o modelo tradicional e nos pés, um tênis moderno estilo sapatilha também na cor branca. Prendi meu cabelo em um rabo bem feito e no rosto eu optei por algo bem leve e que o deixasse natural. Eu ia passar meu fim de semana de descanso trabalhando e não pretendia ir igual a uma boneca de porcelana robótica na versão executiva só pra agradar o chefe, ele me deve isso por me colocar nessa enrascada e ainda por cima tomar meu fim de semana. Era mais do que justo eu me sentir a vontade, meu fim de semana é meu e eu me visto do jeito que eu quiser... Bom, também não vou andar nua né? – Natalie você é uma Exagerada! – digo.
Peguei minha bolsa com as coisas que arrumei e desci encontrar com o pessoal pra me despedir e aguardar o motorista dele como foi combinado e pontualmente às 8 horas da manhã ele estava lá.
- Nath, o motorista do chefe já está lá em baixo – Berta olha pela janela.
- Não vai dar tempo nem de tomar café? Esse homem é obcecado com horários, que saco! – reclamo.
- Calma Nath, vai dar tudo certo e se não der, liga que a gente vai te buscar. – Dinah fala.
- Dinah, você falando assim até parece que ele vai fazer alguma coisa. – Berta diz.
- Se ele tentar fazer com a Nath o que eu estou pensando, eu no lugar dela deixaria. – Dinah ri.
- Vocês são umas paranóicas, isso sim. Vem Nath, deixa eu te dar um abraço de boa sorte não ligue pra essas malucas. Vou te acompanhar até o carro. – Nando me abraça
- Nós também engraçadinho – Dinah fala e os três me acompanham
Um senhor sorridente me aguardava do lado de fora, o motorista oficial da família já conhecia meu rosto por conta daquele acidente em que ele e o Jonatas foram comigo pra o hospital. Se eu não estou enganada ele se chama Alfredo e sempre o encontro na empresa aguardando o chefe e toda vez que ele me vê, ele sorri simpático e eu retribuo da mesma forma.
- Bom dia, senhorita! – ele fala abrindo a porta do carro.
- Bom dia. Alfredo não é?
- Sim, senhorita. – ele sorri – Posso guardar suas coisas?
- Ah, sim claro.
Despedi-me dos meus amigos e já dentro daquele luxuoso carro a qual eu me lembrava bem, o senhor pergunta se podemos ir e eu digo que sim para o mesmo que da partida no carro. Parte do trajeto foi no mais puro silêncio até que aquilo me incomodou e eu decidi quebrar o gelo e puxar assunto pra passar o tempo.
- Há quanto tempo o senhor trabalha para família Almonte?
- Trabalho pra eles desde que o senhor Almonte era bem mais jovem.
- E... Ele sempre foi assim?
- Perdão senhorita, não entendi.
- Quero dizer que ele é muito diferente do Gustavo e da Marta, quase nunca o vemos brincando, sorrir então é uma raridade e ele ainda é obcecado com horários. – eu digo e o homem sorri.
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O Acordo
RomancePlágio é crime! Você acredita naquela máxima que diz que há males que vem para o bem? Natalie Alvarez descobriu da maneira mais inusitada que sim. Nessa contagiante e emocionante trajetória onde os heróis serão os mais improváveis, você vai entender...