Togetherness

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Parece que quem é vivo sempre aparece, né? Olaaaaaaaaaar, como estão?

Vim adoçar quarta feira de vocês com um capitulozinho cheio de emoções. 😎

Já abram a playlist da fic no spotify e enjoy, nos vemos no final!


...



"Olhe para ela como se ela fosse a única que você enxerga."


As três garotas baixaram ao térreo e logo encontraram John falando no celular, digitando várias coisas em um tablet, sentado ao lado de Lauren quem escrevia sem parar, de costas para a escada, olhando fotos, documentos, o semblante levemente esgotado.

Estavam todos devidamente vestidos para o frio. A lareira aquecia o ambiente deixando-os confortáveis para uma manhã de inverno.

Dinah voltou a emocionar-se ao mirar uma desconhecida Fernanda no sofá envelhecido.

Aquele rosto definitivamente não se parecia em nada com o rosto que havia conhecido um dia em sua vida. A criança estava sentada em seu colo, abraçando-a, sorrindo enquanto tomava um grande copo colorido e retorcido de algo que parecia vitamina. Os olhos dela estavam vermelhos, o rosto desprovido de maquiagem, o corpo mais magro do que o normal, o semblante visivelmente esgotado, magoado.

Mordeu os lábios, amaldiçoando sua sensibilidade além do normal nos últimos dias. Naquele momento, Fernanda virou-se, com seus olhos tristes e esgotados mirando Dinah com grande receio. Levantou-se, deixando a criança de John sobre o sofá com uma revistinha em quadrinhos.

No mesmo instante, antes que Fernanda começasse a explicar-se, cutucando feridas, abrindo pontos recém feitos, banhando seu rosto por grossas e doloridas lágrimas, Dinah aproximou-se, liberando mais um de seus sorrisos calorosos.

- Dinah, eu... - Fernanda já dizia, com o desespero em explicar-se nítido em suas mãos trêmulas. Camila comoveu-se, engolindo a própria saliva.

- Não há o que explicar, sim? - Dinah aproximou-se ainda mais, segurando as mãos trêmulas de Fernanda. - O importante é que tudo está terminado, que você está segura.

- Eu sinto muito. - Ela dizia e o choro era inevitável. John desviou seus olhos, piscando diversas vezes. - Eu juro pela minha filha que eu não sabia, que eu não podia... Camila, você acredita, não é mesmo? Explique para ela que...

- Não é necessário, Fer. O que aconteceu foi uma fatalidade. Não chore. -Dinah voltou a sorrir com mais intensidade. - Por favor, não chore.

Abraçaram-se com força e para o medo de Alycia, sua mamãe finalmente pareceu desabar naquele apertado e saudoso abraço.

- Estou sozinha, DJ. Ele levou tudo, tudo com ele. Maldito.

- Não levou não. - Apertou seus olhos, suspirando com força. - Você está aqui. Você está aqui, está viva e pode ajudar estas pessoas a continuarem vivas!

- Não tenho mais forças.

- Tem sim. - Sorriu com ternura, limpando as lágrimas de Fernanda. - Tem um monte de força. Segure firme... Você não é culpada pelo o que ele fez, eu entendo isto... Agora, depois de uma noite neste lugar, eu entendo perfeitamente isto.

- Eu senti saudades. - A mulher finalmente sorriu, voltando a abraçar Dinah - Senti tantas saudades!

- Eu também, Fer. Eu também senti saudades. - Dinah mirou a garotinha curiosa sentada ao sofá. - E essa linda princesinha é...

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