Ele sempre fugiu do Amor, mas até quando ele vai poder fugir desse sentimento? Até quando ele vai se recusar a se entregar? Até quando vai se recusar a amar e ser amado?
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ana abre os olhos, parece que as paredes do quarto, estão vindo para cima dela e o teto desabando.
- Christian.- fala com a voz fraca.
- Estou aqui, Ana, calma, você desmaiou.- fala segurando a mão dela, que tenta focar o olhar dele, mas impossível, o quarto volta a girar. Escuta a campainha do quarto, tocar longe, sente que ele a solta e se levanta. Escuta vozes no quarto, tenta abrir os olhos de novo e vê um senhor de meia idade se aproximar dela, ele fala alguma coisa com Christian, Ana não consegue ouvir e nem entender, fecha os olhos de novo, aquela sensação que está flutuando volta, tudo escuro.- Ana!- é a ultima coisa que ouve antes de mergulhar no escuro de novo.
Acorda com a sensação de algo pinicando seu braço, olha para o lado e vê que está recebendo soro em seu braço.
- Ainda bem que você acordou.- escuta Christian falar ao seu lado, vira o rosto e ele está sentado na cama, ao seu lado.- Como você se sente?
- Um pouco tonta, o que aconteceu?
- Você desmaiou duas vezes, tive que chamar um médico do nosso plano médico, ele te examinou e falou que você teve uma queda de pressão, e pode estar um pouco anêmica.
- Para que esse soro?
- Somente por causa das crises, para você não se desidratar também.
Ana olha em redor do quarto, tem uma enfermeira sentada em uma cadeira em um canto do quarto, ela sorri calma para Ana quando seus olhares se cruzam.
- Quanto tempo eu estou com isso?- pergunta para Christian, que acaricia seu rosto.
- Uma hora mais ou menos, logo vão tirar. O médico acha melhor você fazer repouso. Eu conversei com ele, falou que em dois dias se você não tiver mais nenhum desmaio, podemos voltar para casa.
- Mas não é justo, e nossa Lua de Mel?- ele acaricia seu rosto de novo, segura a mão dela livre.
- No momento, a prioridade é sua saúde e do bebê.- solta a mão dela e acaricia sua barriga.- te prometo que depois que ele nascer e estiver grandinho, voltaremos em uma nova Lua de Mel.
Ela vê que não tem como contestar, sorri concordando.
- Desculpe, não queria te dar trabalho.- Fala e ele solta um suspiro de desanimo, sua mão continua sobre a barriga dela.
- Quando você vai entender que cuidar de você e do nosso filho, não é trabalho nenhum, e sim minha obrigação?
- Desculpa de novo.- lhe dá um sorriso triste.
- Tudo bem.- fala se inclinando um pouco para lhe beijar os cabelos.- descansa mais um pouco, vou ficar aqui com você.
Ana faz que sim, fechando os olhos, mas um medo se instala em seu coração. Ele está fazendo de tudo para cuidar dela, mas até quando vai aguentar isso? Se o amor que ela sente por ele, não for capaz de fazê-lo se apaixonar por ela e ele não aguentar por muito tempo essa situação. E se ele se cansar de bancar o marido e o pai preocupado e resolver voltar para sua vida sem compromisso, de que tanto gostava? Ela não suportaria perde-lo depois de tudo o que tem vivido com ele. Ela tenta se controlar, para não ir a lágrimas, naquele momento.
Christian continua a acariciar os cabelos dela, sente algo que nunca sentiu por ninguém antes, uma vontade de estar perto, de cuidar, proteger, de ver o sorriso no rosto dela. De ser a razão desse sorriso. Sente que algo novo, muito diferente do que tem vivido até hoje, está se formando dentro dele. Pensa que ela dormiu de novo, se abaixa e beija seus cabelos e fala baixinho em seu ouvido.
- Minha doce menina, nunca mais vou deixar você ir para longe de mim, sinto que morreria se não tiver você ao meu lado.
Ana escuta essas palavras como música aos seus ouvidos. Ele está se apaixonando por ela, sente isso e uma esperança volta a se acender em seu coração. Como o vento que leva a tempestade embora, essas palavras levam sua insegurança para longe. É tudo questão de tempo, pensa, ele vai me amar. E com esse pensamento, adormece.
