Capítulo 7

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- Chegamos. Você está bem para andar ou quer que te leve no colo?- Christian fala parando o carro em frente a casa deles. Ana havia cochilado, abre os olhos e o vê sorrindo.

- Ainda consigo andar. – fala dando uma risadinha.

- Ana.- fala com voz séria e ela o olha com interesse.- José está a fim de você.

- Você está louco.

- Eu conheço quando um homem quer uma mulher, só te falo para você tomar cuidado com ele.

- E por que teria?- Ana fala em tom de desafio.

- Ele é frio e calculista, dissimulado. Ele me ataca pelo modo de vida que levo, mas ele se esconde atrás de bom moço. Namora as meninas e depois quando se enjoa, se livra delas, não quero vê-la passando por isso. Só te peço que fique sempre com um pé atrás com ele.

Ana sente vontade de falar poucas e boas para ele, quem é ele para julgar José, se ele mesmo vive jogando com Elena? Mas não tem coragem de destruir essa noite, apesar das revelações,  havia gostado da companhia de Christian.

- Certo, vou tomar cuidado.

- Obrigado.- fala e Ana sente alivio e sinceridade em sua voz. Ele dá um sorriso e seus olhos brilham.- Você é a primeira mulher que eu posso considerar como amiga, que não está interessada em mim de outra forma. Obrigado, de novo, essa noite foi ótima.

- Eu que agradeço.- fala se sentindo péssima em deixar ele pensar assim, há muito percebeu que se sente atraída por ele. Mas isso ele nunca saberá.

Christian desce do carro,e abre a porta do carro para ela descer.

- Boa noite e obrigada pelo jantar.- fala e ele sorri de volta, um sorriso meigo, carinhoso. Ana vira as costas e entra em casa sem esperar que ele responda, vai para seu quarto, ainda bem que não encontra com ninguém pela casa, não saberia como explicar suas lágrimas.

Ana no dia seguinte chega mais cedo, que todos, no escritório. Havia saído mais cedo de casa, para não encontrar com Christian. Apesar de estar muito feliz com o jantar na noite anterior, se sentia um caco por não ter conseguido dormir bem. As palavras de Christian ecoaram em sua cabeça durante toda a madrugada: "Não gosto de compromissos".

Como pode ser tão burra, pensava, pensar que poderia ter uma chance com ele, se envolver emocionalmente com um homem assim, só sendo muito burra.

Decidida em esquecer esses sentimentos, pega a sua agenda e sai para a área de vendas, para fazer os preparativos para as degustações agendadas para aquele dia.

As horas voaram e quando Ana viu, já era hora do almoço e seu estomago estava dando sinal de fome, recolhe suas coisas e vai para o escritório pegar sua bolsa e ir almoçar.

Entra no escritório e indo em direção a sua sala, vê  a porta da sala de Christian  meio aberta, pensa em ir até lá, falar um oi, mas desiste. Volta a se encaminhar para sua sala, quando escuta algo que chama sua atenção, aproxima-se um pouco e escuta ele falar ao telefone:

- Para com isso, Elena, nos vemos essa noite e você esquece tudo.

- Cachorro.- o xinga baixinho e desiste de ouvir o resto, vira as costas, mas ainda o escuta falar:

- Foi só um jantar, não tem motivo de ciúmes, eu nunca teria nada com ela. Você sabe que é você que eu quero, ela é apenas minha irmãzinha. Deu pena de vê-la trancada em casa esses dias todos.

Ana sente uma pontada no peito, ela sonhando com ele, sonhando com o jantar deles e ele no dia seguinte procura a amante , a chama de irmãzinha e ainda sentia pena dela! Solta um soluço e resolve fugir dali antes que ele a veja e a humilhação seja maior, mas quando vai trocar os passos, tropeça em seus próprios pés e cai fazendo um estardalhaço, Christian ouve o barulho e vem correndo para fora da sala, ver o que está acontecendo a tempo de vê-la se levantando com lágrimas nos olhos, logo percebe que ela ouviu tudo.

- Droga, Ana.- tenta ajuda-la, mas ela o repele.- Não é o que você está pensando.

- Fique longe de mim!- fala quase gritando, já de pé ajeitando suas roupas, olha furiosa para ele.- Vá conversar com sua Platinada Diabólica, vocês se merecem! E só me dirija à palavra a respeito de trabalho, por favor.

Corre para sua sala, pega sua bolsa e sai do escritório, o deixando parado no meio da sala sem saber o que fazer. Havia magoado alguém que não merecia e isso o estava machucando, se sentindo um ser insensível e sem coração, e não estava gostando de se sentir assim.

50 Tons de EntregaOnde histórias criam vida. Descubra agora