Capítulo 3

6.2K 466 101
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ana chega à sala e vê Eloíza e uma empregada colocando a mesa para o café, José já está sentado à mesa, mexendo em seu celular, quando ele percebe a presença dela, abre um sorriso e diz:

- Bom dia, dormiu bem?

- Bom dia, estou um pouco confusa com o fuso horário, mas logo me acostumo. Bom dia Eloíza, precisa de ajuda?

- Bom dia Ana, não, pode deixar, já está tudo quase pronto, seu pai está tomando banho e já desce.

- Está bem. 

- Ansiosa pelo seu primeiro dia na Vinícola?- Eloíza pergunta.

- Um pouco.

- Ray falou que hoje vai com você,- Eloíza lhe dá uma piscada.- ele já não vai todos os dias para lá. Agora  só faz parte do conselho e quando tem algum problema muito grande para resolver, quem toma conta de tudo é meu sobrinho.

José solta um suspiro de exasperação e diz:

- Tenho pena de você que vai estar debaixo do chicote do meu primo.- Ana o encara assustada.

- Filho, não fale assim. Ele trabalha muito bem só é um pouco enérgico com os funcionários.

- Ah, me esqueci, é com os funcionários, você é FUNCIONÁRIA.- fala com escarnio e enfatizando as palavras.

- Você não devia falar mal das pessoas pelas costas, José.- Ana ouve uma voz máscula falar atrás dela, ela se vira para olhar para o dono da voz e se depara com a figura masculina mais linda que já viu. Ele é bem mais alto que seu pai e José, o peitoral bem definido sob a camisa social, sobe os olhos para seu rosto, seu queixo delicado, mas levemente arqueado, demonstrando autoridade e decisão, sua boca é incrivelmente desenhada em um formato sensual, os olhos são cinza, quase azulados e os cabelos revoltos em um tom claro, com nuances acobreadas. Ele se aproxima dela e estende a mão para cumprimenta-la, com um brilho de satisfação no olhar.- Prazer, sou Christian Grey, você deve ser a filha de Ray.

- Olá, prazer, sim, meu nome é Ana.- aperta a mão dele se sentindo uma tola, uma idiota por ter deixado ele perceber que ela o estava observando.

É lógico que ele percebeu, um homem lindo desses deve estar mais que acostumado a esses olhares, pensa, soltando a mão dele e se afastando um pouco.

- Não deixe Ray ver esse olhar de gavião sobre a filha dele, ele não vai gostar nem um pouco.- José fala em tom de ironia para irritar o primo.

- Eu nunca olharia para a filha de Ray com o olhar que você está falando.- Christian fala irritado com a insinuação do primo. E Ana fica até um pouco decepcionada diante dessa afirmação.

- Ah eu me esqueci, ela não é como aquelas mulheres que você pega no Clube ou como a Elena.- José fala cruelmente e Christian o fulmina com os olhos e está prestes a falar algo, quando Eloíza interfere:

- Chega, José, não fique expondo a intimidade das pessoas assim e eu não vou permitir que façam da minha sala um ring de luta.

Christian olha para a tia e seus olhos se suavizam, ao contrário de José que continua a encara-lo como um inimigo mortal.

- Desculpa, Tia.- lhe dá um sorriso gentil, Eloíza retribui o sorriso.

- Pelo jeito todos já estão reunidos para o café, bom dia a todos.- Ray fala entrando na sala e todos respondem. Ele se aproxima da filha lhe dando um beijo no rosto.- dormiu bem?- ela faz que sim. – Já vi que conheceu seu companheiro de trabalho.- aponta com a cabeça para Christian que está sorrindo para eles.

- Sim, já nos apresentamos .-fala pensando no suplicio que vai ser trabalhar ao lado de um homem tão bonito como ele, bonito não, lindo, ela pensa.

- Então vamos tomar café.- fala se sentando em uma cadeira ao lado de Eloíza. Christian puxa uma cadeira para Ana, ela se senta e ele se senta ao seu lado, olhando para José com um sorriso triunfante. Esse por sua vez acaba de tomar a xicara de café que estava tomando e se levanta da mesa.

- Com licença, estou atrasado. Bom dia a todos.- dá um beijo na mãe e vai embora.

- E aí, passou bem essa noite? - Christian fala para Ana.

- Demorei um pouco a dormir, acho que é o fuso horário.

- Você logo acostuma e também quando começar a pegar o ritmo de trabalho na Vinícola vai chegar em casa e desmaiar.

- Christian você já viu o carro para ela?- Eloíza fala.

- Sim, quando chegarmos ao escritório eu entrego as chaves a ela.- olha para Ana.- você vai ter um carro da firma com você, caso precise fazer visitas a um comprador ou resolver algo na Cidade.- olha para Ray.- Hoje você vai conosco?- Ray faz que sim.

Eles continuam a tomar café, enquanto falam alguma coisa e outra sobre a Vinícola, Ana fica sabendo que era dos pais de Eloíza e Grace, mãe de Christian. O falecido marido de Eloíza tomava conta de tudo, até falecer. Depois ficou nas mãos de empregados até Christian se formar em Administração e Ray se casar com ela. Hoje em dia tudo fica nas mãos de Christian que também se formou em Enólogo para poder tomar conta melhor dos negócios.

- Quando você terminar podemos ir.- Christian fala para Ana, que está terminando de tomar o chá.

- Então vamos, já terminei.- fala e Christian abre a boca e fecha de novo.

- Você vai ficar até a hora do almoço somente com essas torradas e chá?- ela faz que sim.

- Isso se ela se lembrar de almoçar.- Ray fala.- ela é o tipo de pessoa que consegue pular todas as refeições e não sentir fome, Christian.

- Mas eu não vou permitir isso, o trabalho lá é pesado, às vezes você vai ter que ficar horas em pé fazendo a degustação de vinhos para os compradores, vai ter que se alimentar.- Ana se sente como uma criança que precisa ser vigiada e revira os olhos.- ele a olha intensamente.- Você está revirando os olhos?- ela fica sem graça tamanha a intensidade do olhar dele e o tom de sua voz, parece ameaçadora. Ele olha para Ray e diz.- Me permita, mas vou ter que realmente ficar no pé da sua filha. Ela parece não gostar de receber ordens.

Ana sente seu pulso acelerar, quem esse homem pensa que é para que ela o obedeça? Pensa irritada e isso aumenta ao ver o pai sorrindo para ele como se o aprovasse.

- Eu acho que já sou bem crescida, para receber ordens de alguém que não é meu pai ou minha mãe.- retruca de mau humor.

- Posso não ser nenhum dos dois, mas me sinto sim responsável por você, ali no nosso local de trabalho.- dá um sorriso doce a ela que a desarma totalmente e o que ele diz logo em seguida, a deixa totalmente decepcionada.- É como se eu fosse um irmão mais velho.

Ana sente vontade revirar os olhos novamente, mas não o faz, tamanha a decepção que sente.

Pensa que odiaria ter um irmão tão lindo assim.

50 Tons de EntregaOnde histórias criam vida. Descubra agora