Capítulo 27

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Ana perdeu a noção do tempo e das horas. Preferiu dormir o tempo todo, pelo ao menos a dor não era tão forte e não sentia tanto medo. Ela só era acordada pela mulher para se alimentar e ir ao banheiro. Continuava vendada e algemada.

Estava nesse estágio de acordar e tentar dormir de novo, quando escuta a porta abrir.

- Dormindo?- o homem pergunta.- Sobe, novas instruções.

Escuta passos e a porta se fechar novamente, pensa se está sozinha no quarto, mas logo sente a proximidade de alguém perto dela.

- Você até que é bonita, se não estivesse grávida, me divertiria muito com você.- o homem fala, ao lado de sua cama, passando a mão pelas pernas dela, ela faz um esforço enorme para não se retesar, tem que tomar cuidado com suas atitudes, pensa que qualquer deslize, pode ser fatal. Ela o sente se afastar e quase suspira de alivio.

Passado algum tempo, escuta a porta se abrir de novo, mas não escuta vozes, apenas sente que se aproximam dela de novo, ela dessa vez não consegue se conter e recua um pouco na cama. Sente que está sendo levantada e colocada sentada na cama.

- Precisa de mais ajuda?- o homem fala, mas a pessoa não responde, Ana começa a tremer pensando no que vão fazer com ela, é quando sente um tapa no rosto, vira o rosto instintivamente, e recebe outro tapa do outro lado. Quase consegue sentir a respiração da pessoa sobre ela. Sente um puxão nos cabelos, e começa a sentir que estão cortando seus cabelos, sem o menor cuidado, ela começa a chorar devido a dor no rosto e a violência com que a pessoa está puxando seus cabelos, tenta se esquivar, mas leva outro tapa.- melhor você ficar quieta.- escuta o homem falando, mas sabe que não é ele que está fazendo, a voz dele vem de outra direção, e a pessoa continua a lhe cortar os cabelos e lhe dar tapas no rosto, Ana chora diante da humilhação de não conseguir se defender, pensa em sua filha, em a proteger, quando sente que a pessoa se afasta dela.

Respira fundo, pensando que a tortura acabou, mas sente alguém se aproximando de novo, e sente um murro no olho, seguido de mais tapas, sente o gosto de sangue na boca, tenta recuar na cama, mas a pessoa continua a atacando, sente dor, chora, tenta murmurar algo, mas nada sai de sua boca, suas palavras estão presas, sente a cabeça girar, tudo começa a ficar escuro e ela desmaia.

Ana não sabe quanto tempo esteve desacordada, mas quando desperta, sente o corpo todo doer, sente que suas pernas agora estão presas também, ela se mantem quieta, pensa que é melhor que eles continuem achando que elas está desmaiada, escuta passos pelo quarto, alguém se aproximando dela, quando ela escuta o homem falando:

- Estou com medo de ela parir aqui, o que vamos fazer?

- Não faço ideia.- a mulher responde.

- Falei para pedir o resgate logo, ficamos livres dessa bomba, mas quer esperar mais.

- Se eu soubesse que envolveria uma mulher grávida, não teria aceito.

- Mas agora está feito, torcer para ela não passar mal aqui, vou falar de novo sobre contatar o marido e resolver essa situação.

Ana se segura para não esboçar nenhuma reação, tem medo do que pode estar por vir, sente medo de sua filha resolver nascer ali naquele local, lágrimas silenciosas desce de seus olhos e ela se sente ser levada de novo pelo sono.

50 Tons de EntregaOnde histórias criam vida. Descubra agora