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| J O A N A |  

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| J O A N A |  

Distraidamente, peguei no meu telemóvel, enquanto as minhas pernas se encaminhavam para fora da Universidade, no meio da multidão.

Dei um aceno ligeiro ao porteiro, como todos os dias, e afastei os meus cachos do rosto. Finalmente olhei realmente para a frente.

Os meus olhos chocaram-se com aquelas maravilhas azul-tempestade, que me fizeram tremer ligeiramente. Senti o sangue esvair-se do meu rosto, enquanto o Tomás descruzava os braços do peito e se desencostava do carro, que nem era dele!

Muito tranquilamente, fiz o meu corpo rodar sobre os calcanhares e construí o caminho inverso que fizera anteriormente.

O que ele está aqui a fazer?

- Hey! Estás a fugir de mim? – a sua mão tocou no meu braço, fazendo a minha respiração ficar suspensa.

- Claro que não! – forcei uma voz calma, juntando um tanto de confusão.

- Estás a fugir de mim – a sua voz declarou simplesmente.

- Não estou! Só me lembrei que... - cometi um erro de o olhar. A sua barba estava um pouco maior e os seus olhos tinham um brilho estranho. - ... me esqueci de uma coisa na sala.

Depois de ir embora da casa do Tomás, sentindo-me totalmente ofendida, não recebi mais nenhuma notícia dele. Pensei que ele me tinha esquecido, que tivesse chagado à conclusão que eu não era digna de entrar na sua vida.

- Estás a mentir.

A sua calma estava a irritar-me. Que merda ele foi ali fazer?

- Queres saber, Tomás? – perguntei retoricamente, obtendo uma resposta.

- Sim.

- Estou mesmo a fugir de ti! Não me esqueci de nada na sala! Satisfeito? O que vais fazer agora, hum? Ficar mais quatro dias sem dizer a merda de uma palavra e depois aparecer aqui a perguntar se estou a fugir de ti? É claro que estou a fugir de ti, porra!

Eu parecia uma louca, a gritar e a apontar-lhe o dedo na cara.

Respirei fundo, tomando consciência da minha figura. Depois sentei-me na beirada do passeio, o Tomás sentou-se ao meu lado.

- Desculpa, ok? Eu só... dói-me a cabeça e estou completamente sem paciência para nada.

- Tudo bem. Queres falar sobre isso?

- Nop! – respondi-lhe prontamente.

O meu rosto virou-se na sua direção.

- E tu, o que é que vieste aqui fazer? – inquiri.

O Tomás deu de ombros, juntando um ligeiro sorriso nos seus lábios.

- Vim te ver. Saber como estás, falar contigo...

Ele estendeu a mão e afastou o cabelo do meu rosto, fazendo-me olhar bem fundo dos seus olhos. E foi como um gatilho para que o beijasse. Lentamente, saboreei os seus lábios, que retribuíam o beijo.

O meu telemóvel tocou. Atendi a chamada da minha irmã, afastando-me do Tomás.

- Paloma?!

- Sim. A mãe já está em casa – ela despejou. – A médica disse que não era para nos preocuparmos, aquela hemorragia era normal. E a mãe só entrou em pânico por ser gravidez de risco, mas está tudo bem.

Suspirei aliviada. Há uns minutos, o meu pai ligara-me dizendo que a minha mãe estava no hospital porque tinha tido uma hemorragia. Temi pela vida do bebé que a minha mãe esperava, mas felizmente estava tudo bem.

- Ainda quero saber porque soubeste que ela estava no hospital primeiro que eu. Não acho isso nada correto, foda-se! Eu estou aqui sempre com ela, vou sempre com a mãe às consultas e tudo! E depois acontece alguma coisa e sou a última a saber, apesar de ser a única que está ao pé dela – a Paloma falou chateada.

- A culpa não é minha. Foi o pai que me ligou, como querias que soubesse que não te tinha ligado a ti?

- Oh bem, não quero saber. Vou desligar, vê se te portas bem.

E com esta última frase desligou, sem me deixar despedir dela também.

O Tomás olhava para mim atentamente, tentando decifrar o que tinha acontecido.

- Tudo bem? – inquiriu.

- Sim, agora sim.

Contei-lhe o que tinha acontecido com a minha mãe e ele partilhou da minha preocupação inicial.

- E desculpa por ter reagido da maneira que reagi contigo, estava completamente stressada com isto.

- Não te preocupes, está tudo bem – ele esboçou um sorriso simpático. – E tens razão, eu devia ter dito alguma coisa nestes dias. Mas é tanta coisa a acontecer...

- Queres falar sobre isso? – inquiri delineando um sorriso nos meus lábios, por usar a mesma frase que ele.

- A minha mãe não me deixa falar com os meus irmãos e tenho a certeza de que aconteceu alguma coisa – o Tomás levantou-se e começou a andar de um lado para o outro, nervoso. – Se ao menos eu soubesse onde caralho ela está!

Senti que aquele assunto era realmente complicado e não me achava com capacidade de o ajudar no momento, de lhe dar um bom conselho. Por isso, fiz o que achei melhor: levantei-me e abracei-o pela cintura.

- Calma. Vai tudo correr pelo melhor, tenho a certeza.

Beijei-lhe o maxilar, sentindo os braços do Tomás retribuírem o abraço.

- O que isto faz de nós? – o seu peito tremeu quando a sua voz se fez ouvir, fazendo o meu coração galopar de ansiedade por aquela simples pergunta.

O que aquilo fazia de nós?      

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Olá, meu raios de Sol!! 🔅❤

Como se sentem?

Peço imensa desculpa por me ter atrasado em publicar este capítulo!

Espero que tenham gostado deste capítulo. Não tardará para que as coisas mudem de rumoooo!!

Bem, não esqueçam de votar e comentar, que é mesmo muito, muito importante saber a vossa opinião. 

Beijinhos! 

Não esqueçam que vos amo muitooooo!! 💜💕  

[Concluída] Acasos da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora