.8.

4K 358 41
                                    


| J O A N A |

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

| J O A N A |

Fiquei sem saber o que lhe responder.

Aquilo fazia de nós alguma coisa? Sim, com certeza. Mas fazia de nós o quê, ao certo?

Afastei o meu rosto do seu peito e fiquei a olhá-lo, demasiado confusa para conseguir formular alguma resposta. Poxa, mal nos conhecíamos!

- Claro, desculpa! Se calhar estou a apressar as coisas. Não precisas de responder...

Dei um sorriso débil, afastando-me dele, de vez.

- Vem comigo – a sua mão agarrou a minha. – Quero mostrar-te uma coisa.

Assenti e segui-o até ao seu carro. Entrei no lugar do copiloto e o Tomás arrancou logo de seguida. Aquilo parecia uma miragem. Os olhos dele estavam fixos na estrada, enquanto parecia pensar em algo, com muito afinco.

- Não penses muito – aconselhei num tom de voz divertido. – Diz-me para onde me estás a levar.

Ele entortou os lábios num sorriso ligeiro. Olhou por escassos segundos para mim e depois pegou na minha mão, beijando os nós dos meus dedos. Sorri toda abobalhada com o seu gesto de carinho.

- Vais ver quando lá chegarmos.

Suspirei pesadamente de depois direcionei os meus olhos para a paisagem que fugia de nós. Vi quando saímos da autoestrada para entrar na nacional.

- Mas é muito longe?

- Não, estamos perto – ele deu um riso nasalado.

Prestei atenção ao que tocava no rádio, deparando-me com uma música que eu gostava mesmo muito.

- Amo esta música! – falei entusiasmada, aumentando o volume. - I wanna do bad things with you! – cantei juntamente com o Jace Everett.

Não poupei no tom sugestivo nem no levantar "sensual" das minhas sobrancelhas.

O Tomás olhou para mim e imediatamente comecei a rir. Mas recompus-me e fazendo da minha mão um microfone, continuei a cantar. Os meus ombros faziam uma dancinha estranha ao som da música

Entre risadas, o Tomás entrou numa estrada de terra batida, e não tardou em parar numa área mais ou menos ampla.

- Chegamos? – perguntei suspeita.

A única coisa que nos rodeavam eram algumas árvores e o caminho continuava, cada vez mais estreito.

- Vamos – ele disse, saindo do carro.

Imitei a sua ação e coloquei-me ao seu lado, caminhando juntamente com o Tomás.

- Vais gostar – ele declarou, lançando-me um sorriso.

[Concluída] Acasos da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora