.36| Parte 2.

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| T O M Á S |

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| T O M Á S |

- Acompanhe-me para que a possa ver.

Segui a enfermeira até chegar a um local onde uma grande vitrine me dava visão para uma sala cheia de bebés.

- Ali ao fundo – ela apontou para a incubadora que se encontrava num dos cantos. – É aquele a sua filha.

Olhei para a bebé que permanecia imóvel. A sua cabeça estava tapada com um gorro branco e ao seu pequeno corpo estavam ligados a alguns fios.

Sem saber muito bem porquê, abracei a enfermeira e chorei. Chorei como nunca antes, numa mistura de alívio e dor.

- Não se preocupe, ela está bem, só precisa de ganhar algum peso. Duas semanas serão o bastante. – Assenti, soltando a mulher que estava visivelmente desconcertada e sem saber o que fazer de verdade para me consular. – Pode pegar nela, se quiser.

Voltei a segui-la, entrando numa sala onde me colocaram uma touca e uma espécie de bata azul.

Quando eu toquei naquele pequeno ser, que logo começou a choramingar, foi como sentir uma espécie de paz. Era gratificante tê-la, apesar de tu. Significava a esperança, a vida.

- Como se chama?

Olhei para a minha filha, sentindo todo o meu corpo vibrar pelo contacto estabelecido. Eu tinha-a nos meus braços e nada ma poderia tirar. A minha filha estava ali, nos meus braços, com o coração a bater, os pulmões a funcionar.

- Vanessa, Iara Vanessa. És a nossa Vanessinha. A mamã vai gostar mais que Miquelina. Daqui a nada é ela que te vai pegar e ela vai chorar ao ver-te. Porque tu és tão linda, filha. Tão linda... e a mamã não nos pode deixar sem te ver nem te tocar. Ela queria tanto tocar-te!

A Iara choramingou um pouquinho no meu colo.

- O papá gosta muito de ti. E está verdadeiramente feliz por te ter – continuei a murmurar-lhe. – O papá já gosta tanto de ti!

Mais alguns minutos e disseram-me que tinha de sair. E eu saí, resoluto, recebendo a notícia de que a Joana tinha saído do bloco operatório...

- O parto foi algo difícil, logo após à convulsão que ela teve. Mas era necessário para assegurar o bem-estar do bebé – a médica acrescentou. – O como dela é algo incerto.

- Mas ela vai acordar, certo?

- Não lhe quero dar falsas esperanças. O corpo dela sobreviveu a uma parada cardíaca, a sua pressão estava demasiado elevada na altura do parto, mas a bebé estava em sofrimento dentro do útero materno e se não a tirássemos, morreria...

- Posso ver a minha mulher?

Fui guiado para o quarto onde a Joana estava. A sua pele, estava mais pálida que o normal e o seu corpo ligado a vários fios, que tinham diversas funções.

[Concluída] Acasos da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora