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| T O M Á S |

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| T O M Á S |

A gargalhada da Joana enchia o carro, enquanto estávamos parados no trânsito. Eu adorava aquele som, que me enchia o coração e o peito de alegria.

Nem parecia que há segundos, a minha cacheada estava a ponto de ter uma síncope. Ela realmente ficara nervosa com a ideia de conhecer os meus irmãos. E eu não gostei de a ver tão insegura.

Quando chegamos ao aeroporto e eu estacionei o carro, ainda ficamos uns segundos lá dentro, como que a acumular coragem. Olhei para a Joana e ela sorriu.

- Vai correr tudo bem – assegurei agarrando firmemente na sua mão.

- Claro que vai! Eu só estava a fazer drama. – Foi a sua resposta, saindo logo de seguida do veículo.

Sorri comigo mesmo e segui-lhe os gestos, encontrando-a parada à minha espera. Caminhamos lado a lado, trocando apenas algumas palavras. A minha mão escorregou pela sua, entrelaçando os nossos dedos e a dela apertou com força a minha.

Ficamos à espera de que o avião chegasse e quando finalmente o vimos pousar e as pessoas começaram a chegar, foi como ver, finalmente, o sol após meses de tempestade.

Consegui ver os cabelos rebeldes da Milena, que saltitavam com os seus passos. A sua mão segurava outra ainda mãos pequena, a do João.

Quando eles me viram, os seus rostos iluminaram-se automaticamente, começaram a correr na minha direção e atiraram-se para o meu colo.

- Tomás! – gritaram de euforia.

Baixei-me para conseguir abraçar os dois aos mesmo tempo, enquanto eles retribuíam o gesto, apertando-me fortemente com os seus bracinhos. As minhas bochechas foram cobertas de beijos babados, que rapidamente foram direcionados às suas bochechas.

- Viestes! – o João gritou com a sua vozinha infantil.

- Claro que vim, pequenino! Estavas à espera que não vos viesse encher de beijocas?

Ele gargalhou enquanto lhe fazia cócegas na barriga. Senti uma sombra sobre nós, que fez a nossa felicidade acabar. Eu sabia que não era a Joana, por isso apenas podia ser outra pessoa.

- Já devia imaginar que estarias aqui – a sua voz mesquinha arrepiou-me até à espinha.

- Ainda bem, assim não há surpresas. E como deves calcular, eu vou levá-los comigo.

Ela gargalhou escandalosamente, de uma forma desdenhosa.

- Só os vais levar porque me dá jeito, querido. Já estou farta de ouvir essas pestes choramingar: "queremos ver o Tomás"! Tenho coisas para fazer e não os quero a incomodar-me. Por isso fica com eles à vontade!

[Concluída] Acasos da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora