Abri os olhos, era o meu primeiro dia de trabalho, com muito entusiasmo levantei-me da cama e fui tomar banho, depois vesti-me, hoje ninguém me conseguia tirar o sorriso da cara mas como se costuma dizer a felicidade às vezes dura pouco.
Saí de casa e apanhei um táxi para chegar a casa da família Lynch, no táxi fui a pensar como seria o meu novo trabalho, como seriam os meus chefes e tudo o que dizia respeito ao emprego.
É tão bom conseguir um emprego onde sabes que te vão pagar bem, mas em contra-partida não sabes que pessoas são nem o que aparentam ser, nunca me dei com gente como as que vou conhecer, com mais dinheiro e com um nível social mais alto do que o meu, pode ser verdadeiramente emocionante como também há a possibilidade de ser dececionante.
Saí do táxi e vi pela primeira vez a casa onde ia trabalhar, senti-me feliz por poder trabalhar ali como também senti medo, jamais tinha visto uma casa tão grande e tão linda por fora, fiquei com curiosidade de saber como era por dentro.
Quando toquei à campainha abriram, havia um segurança na entrada e perguntou-me o nome e o que vinha fazer.
- Sou a Sara, vim porque a dona da casa chamou-me para o emprego – respondi.
Ele deixou-me entrar, caminhei pelo gigante jardim ficando espantada com cada coisa que via, até os insetos que passavam no chão ou no ar me chamavam à atenção. Encontrei um jardineiro, queria perguntar-lhe por onde podia entrar em casa, haviam muitas portas e não sabia qual era a correta.
- Bom dia – disse ao jardineiro que estava a podar umas rosas de cor violeta.
- Bom dia – disse parando de fazer o que estava a fazer – Precisa de alguma coisa?
- Queria fazer-lhe uma pergunta.
- Podes perguntar – disse limpando o suor que estava concentrado na sua testa.
- Sou a nova empregada desta casa e queria saber por onde posso entrar, pode levar-me à entrada correta? – Perguntei.
- Claro que sim – disse amavelmente – Venha comigo.
Fui atrás do jardineiro e ele levou-me a uma das portas.
- É aqui que tem de tocar, quem te atenderá será a empregada que já cá trabalha e ela explica-te tudo – explicou o jardineiro – Se não precisas mais de mim vou voltar ao trabalho, tenho muito que fazer.
- Está bem, muito obrigada – agradeci amavelmente enquanto tocava à campainha.
A porta foi aberta por uma pessoa de idade avançada, com pequenas rugas no rosto, o seu cabelo tinha partes brancas, o que representava a sua velhice, o seu rosto iluminou-se ao ver-me como se estivesse à minha espera já há muito tempo.
- Tu és a Sara, não é? A empregada que a senhora Stormie contratou.
- Sim – respondi.
- Estive a manhã toda à tua espera, entra.
Entrei na cozinha, se a minha mãe visse aquela beleza de certeza que já não saía dali.
Glória, a empregada, estava a explicar cada uma das tecnologias da cozinha, como funcionavam e o que queriam sempre os integrantes da família Lynch para o pequeno-almoço.
- O mais sensível com as suas coisas é o Ross, o mais velho dos irmãos, às vezes tem um feitio difícil – informou Glória enquanto me mostrava a casa – Eles estão a tomar o pequeno-almoço em família neste momento, quando chegarem para o almoço temos de ter tudo pronto, estava tão cansada de trabalhar aqui sozinha, nem sabes como estou contente por teres chegado e oxalá que nos demos bem.
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Just a Maid
FanfictionSara é uma rapariga de 18 anos, humilde, de bom coração que decide trabalhar numa casa de ricos, a casa dos Lynch, uma família que se deixa levar pela arrogância, pelas aparências e pela ambição. Jamais pensou que trabalhar numa casa como esta seria...