- E tu quem és para me dizer como devo tratar as pessoas? Tu não és ninguém, Sara – olhou-me nos olhos.
- Não te estou a dizer como deves tratar as pessoas Ross, as tuas atitudes é que chateiam.
- Pois, então azar – sorriu sinicamente – Eu sou assim e se não gostas não me importa.
Tinha que ser tão arrogante? Eram essas, precisamente essas atitudes que eu não aguentava. Só suspirei e voltei para a cozinha.
- Vais falar com o teu novo amigo Dallas?
- Isso é uma coisa que não te interessa, não? – Disse zangada.
- Se calhar és igual às outras.
O que é que ele queria dizer com aquilo?
- És como as outras, uma qualquer – disse calmamente.
Não aguentei mais e dei-lhe uma valente chapada.
- A mim não me tratas assim, não me julgues, sabes o meu nome mas não me conheces realmente nem sabes nada sobre a minha vida – fulminei-o com o olhar e saí dali.
Como se atrevia a tratar-me assim? Nunca ninguém me tinha tratado daquela maneira, porque tinha de ser ele? É oficial, eu odeio-o.
Enfurecida entrei na cozinha dando um pontapé na porta sem reparar que Dallas estava sentado numa cadeira a comer.
- Oh, desculpa – desculpei-me por causa do pontapé.
- Vejo que estás um pouco chateada… Pode saber-se porquê?
- Há coisas que não valem a pena contar – disse bebendo um copo de água.
- Bom, não vou insistir – ficou em silêncio durante uns minutos – Acho que o Ross não gostou muito de mim.
- Não te preocupes ele é assim, é frio, desagradável, arrogante e um completo imbecil – critiquei com raiva.
- Bem, vejo que gostas muito dele – riu – É assim tão mau? – Perguntou.
- Nem imaginas.
- E porquê que é assim?
- Há coisas que vais ficar a saber com o tempo, eu não te posso contar nada, eu sei porquê que ele é assim mas não me compete a mim dizer-te Dallas, desculpa.
- Não te preocupes Sara, também não me interessa… Ele não me interessa – disse lavando as mãos e secando-as com um pano.
Lamentavelmente eu não podia dizer o mesmo, não podia dizer que Ross não me interessava porque na verdade ele interessava-me, desde o nosso primeiro beijo.
Estava no pátio a despedir-me de Dallas que ia embora no seu carro, trocávamos olhares e sorrisos, posso tê-lo conhecido só hoje mas era como se nos conhecesse-mos há anos.
- Tenho de ir, Sara – disse dando-me um terno beijo na cara – Vemo-nos amanhã.
- Está bem, faz boa viagem.
Vi-o entrar no seu carro e sair de casa. Dallas era um rapaz muito diferente, era muito atento com as pessoas, demostrativo, tinha um carisma demasiado agradável e o melhor é que me entendia perfeitamente e era sempre o mesmo.
Entrei em casa, estava em completo silêncio, subi as escadas para ir ao quarto de Rydel que já tinha chegado do colégio e nem sequer me tinha cumprimentado quando chegou, achei isso muito estranho. Toquei à porta mas a pequena não abriu por isso entrei. Vi-a estendida na sua cama, aproximei-me dela e não gostei nada da tristeza que o seu rosto apresentava.
- Rydel, pequena, o que se passa? – Perguntei sentando-me na cama.
Ela não disse nada, só se lançou para os meus braços e começou a chorar descontroladamente. Partiu-me o coração vê-la assim, não era nada dela estar assim.
- Ninguém gosta de mim, Sara – disse chorando.
Na verdade eu percebia-a, estava sempre sozinha a desenhar ou a pintar… Nunca se juntava com amigas, era óbvio que se sentia sozinha.
- Não digas isso Rydel, muitas pessoas te amam – consolei.
Olá :) Hoje estou muito simpática (haha e convencida) e apetece-me pôr mais capítulos, por isso quando este capítulo tiver uns 5 comentários e para aí uns 7 votos eu meto outro e pode ser que faça o mesmo com o próximo (eu não sou nada boa a fazer isto xD).
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Just a Maid
FanfictionSara é uma rapariga de 18 anos, humilde, de bom coração que decide trabalhar numa casa de ricos, a casa dos Lynch, uma família que se deixa levar pela arrogância, pelas aparências e pela ambição. Jamais pensou que trabalhar numa casa como esta seria...