Capítulo 57 - "Como vamos contar aos teus pais?"

1.2K 92 13
                                    

Novo dia, novos sentimentos, tudo novo.

O doce sentimento do amor tocou no meu coração, pensar que nos odiávamos há uns meses e agora tudo tinha mudado. Sou namorada do Ross, do senhor “nunca mais me vou apaixonar”. É um pouco difícil de acreditar mas está mesmo a acontecer. Agora só faltava o último passo, chamado “família”. Com a minha família não ia ter problemas, a minha mãe percebia-me e o meu pai sempre respeitou as minhas decisões. O problema era a família de Ross, se calhar não vão aceitar mas isso não lhe importava, ninguém nos podia separar.

- Sara? – Chamou por trás da porta.

- Entra mãe – respondi sentando-me na cama.

- Já é hora de te levantares – avisou e sentou-se a meu lado.

- Eu sei.

- Então… A minha pequena já tem namorado.

- Mãe, não sejas tão chata – gozei.

- Ui – fez-me cócegas.

- Mãe… Hahahaha… Para! Por favor – ria tanto que mal conseguia respirar.

- Ok – parou – Veste-te e desce para tomares o pequeno-almoço.

- Está bem – sorri e enquanto a minha mãe saiu do quarto fui para a casa de banho, depois de ter tomado banho vesti-me e finalmente desci para tomar o pequeno-almoço.

- A minha irmã tem um namorado – disse a Marta em tom de canção.

- Mãe! – Fiquei a olhar para ela, era óbvio que ela já tinha contado tudo à minha irmã e ao meu pai.

- Desculpa… Não consegui evitar… Foi a emoção.

- Então, já arranjaste namorado – disse o meu pai um pouco sério.

- Pai – sentei-me junto a ele – Tu sabias que eu não ia morrer solteira, não é?

- Eu sei, filha – mudou o seu rosto para um mais compreensivo – Só quero a tua felicidade… Mas se ele se atreve a tocar-te ou a fazer-te mal corto-lhe a…

- Eu percebi – interrompi, sabia ao que ele se referia.

- O que é que lhe cortas, papá? – Perguntou.

- Ah… – Engoliu saliva sonoramente, era óbvio que a pergunta de Marta o tinha surpreendido e pensava numa resposta – As orelhas, meu amor… As orelhas.

- Porquê que não tomam o pequeno-almoço com calma? – Sugeriu a minha mãe.

- Sim – olhei para o relógio – Eu já tenho de ir – bebi o último bocado de café.

- Adeus, até logo.

Queria chegar rapidamente a casa dos Lynch, precisava de vê-lo, precisava dos seus beijos, dos seus abraços.

- Aqui por favor – disse ao motorista do táxi, o carro parou – Obrigada – disse ao sair.

Percorri o jardim e recordei o dia em que cheguei pela primeira vez, um sorriso apareceu no meu rosto.

- Olá Sara – cumprimentou o jardineiro.

- Olá – sorri – Como está?

- Muito bem, a trabalhar como sempre.

- Pois, vejo que sim – ri – Adeus, vemo-nos por aí.

Entrei em casa e silenciosamente entrei no quarto de Ross, estava a dormir de boca aberta, completamente adorável, deitei-me ao seu lado e sussurrei-lhe ao ouvido.

- Sabias que és adorável a dormir?

Ross não conseguiu evitar estremecer.

- Como estás? – Perguntei beijando-o.

- Agora que te vejo, muito melhor – espreguiçou-se fazendo estalar alguns dos seus ossos.

- Disse que te vinha acordar e assim o fiz – sorri vitoriosa.

- És tão linda – acariciou a minha bochecha sem parar de olhar para mim, eu corei e baixei o olhar – E ainda mais quando ficas corada.

- Ross… – Encostei-me ao seu peito – Como vamos contar aos teus pais?

Just a MaidOnde histórias criam vida. Descubra agora