Novo dia, novos sentimentos, tudo novo.
O doce sentimento do amor tocou no meu coração, pensar que nos odiávamos há uns meses e agora tudo tinha mudado. Sou namorada do Ross, do senhor “nunca mais me vou apaixonar”. É um pouco difícil de acreditar mas está mesmo a acontecer. Agora só faltava o último passo, chamado “família”. Com a minha família não ia ter problemas, a minha mãe percebia-me e o meu pai sempre respeitou as minhas decisões. O problema era a família de Ross, se calhar não vão aceitar mas isso não lhe importava, ninguém nos podia separar.
- Sara? – Chamou por trás da porta.
- Entra mãe – respondi sentando-me na cama.
- Já é hora de te levantares – avisou e sentou-se a meu lado.
- Eu sei.
- Então… A minha pequena já tem namorado.
- Mãe, não sejas tão chata – gozei.
- Ui – fez-me cócegas.
- Mãe… Hahahaha… Para! Por favor – ria tanto que mal conseguia respirar.
- Ok – parou – Veste-te e desce para tomares o pequeno-almoço.
- Está bem – sorri e enquanto a minha mãe saiu do quarto fui para a casa de banho, depois de ter tomado banho vesti-me e finalmente desci para tomar o pequeno-almoço.
- A minha irmã tem um namorado – disse a Marta em tom de canção.
- Mãe! – Fiquei a olhar para ela, era óbvio que ela já tinha contado tudo à minha irmã e ao meu pai.
- Desculpa… Não consegui evitar… Foi a emoção.
- Então, já arranjaste namorado – disse o meu pai um pouco sério.
- Pai – sentei-me junto a ele – Tu sabias que eu não ia morrer solteira, não é?
- Eu sei, filha – mudou o seu rosto para um mais compreensivo – Só quero a tua felicidade… Mas se ele se atreve a tocar-te ou a fazer-te mal corto-lhe a…
- Eu percebi – interrompi, sabia ao que ele se referia.
- O que é que lhe cortas, papá? – Perguntou.
- Ah… – Engoliu saliva sonoramente, era óbvio que a pergunta de Marta o tinha surpreendido e pensava numa resposta – As orelhas, meu amor… As orelhas.
- Porquê que não tomam o pequeno-almoço com calma? – Sugeriu a minha mãe.
- Sim – olhei para o relógio – Eu já tenho de ir – bebi o último bocado de café.
- Adeus, até logo.
Queria chegar rapidamente a casa dos Lynch, precisava de vê-lo, precisava dos seus beijos, dos seus abraços.
- Aqui por favor – disse ao motorista do táxi, o carro parou – Obrigada – disse ao sair.
Percorri o jardim e recordei o dia em que cheguei pela primeira vez, um sorriso apareceu no meu rosto.
- Olá Sara – cumprimentou o jardineiro.
- Olá – sorri – Como está?
- Muito bem, a trabalhar como sempre.
- Pois, vejo que sim – ri – Adeus, vemo-nos por aí.
Entrei em casa e silenciosamente entrei no quarto de Ross, estava a dormir de boca aberta, completamente adorável, deitei-me ao seu lado e sussurrei-lhe ao ouvido.
- Sabias que és adorável a dormir?
Ross não conseguiu evitar estremecer.
- Como estás? – Perguntei beijando-o.
- Agora que te vejo, muito melhor – espreguiçou-se fazendo estalar alguns dos seus ossos.
- Disse que te vinha acordar e assim o fiz – sorri vitoriosa.
- És tão linda – acariciou a minha bochecha sem parar de olhar para mim, eu corei e baixei o olhar – E ainda mais quando ficas corada.
- Ross… – Encostei-me ao seu peito – Como vamos contar aos teus pais?
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Just a Maid
FanfictionSara é uma rapariga de 18 anos, humilde, de bom coração que decide trabalhar numa casa de ricos, a casa dos Lynch, uma família que se deixa levar pela arrogância, pelas aparências e pela ambição. Jamais pensou que trabalhar numa casa como esta seria...